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Estratégias na Holanda foram ditadas pela ação do Safety Car

O GP da Holanda tinha o seu curso normal, com a expectativa da realização de duas paradas, mas a ação do Safety Car mudou as coisas

Max Verstappen conquistou a sua segunda vitória na Holanda, depois de faturar a pole no sábado. O piloto da Red Bull ampliou ainda mais a distância para Charles Leclerc, que ficou com a terceira posição.

A expectativa tomou conta do fim de semana, principalmente após os treinos livres revelarem uma Ferrari e Mercedes muito próxima da Red Bull. Diferente do que vimos na Bélgica, poderíamos ver um duelo dos três times em pista.

Max Verstappen tracionou bem na largada e manteve a dianteira. Zandvoort não é o tipo de circuito próprio para grandes enfrentamentos em pista, mas a estratégia e a realização de boas trocas de pneus fazem diferença no resultado.

Os compostos surpreenderam na Holanda, a degradação dos pneus macios não era tão alta como o esperado. Isso levou a Pirelli a acreditar que as estratégias deste ano, seriam bem semelhantes as que foram adotadas no ano passado: duas paradas e o trabalho sendo realizado principalmente com os pneus médios e macios.

Os times avaliaram os pneus duros ao longo das sessões, assim como os médios, mas a Pirelli estava convencida que os pneus mais duros apenas entrariam na conta, se as equipes optassem por uma estratégia de apenas uma parada.

A surpresa do domingo foi ver os times trabalhando não apenas com o pneu duro, mas também apostando em cerca de três paradas, por conta da ação do virtual Safety Car e Safety Car. A primeira neutralização do ritmo dos pilotos aconteceu entre as voltas 48 e 50, pois Yuki Tsunoda enfrentou um problema no diferencial.

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O Safety Car foi direcionado para à pista após Valtteri Bottas abandonar a prova na reta principal. Neste momento da prova Lewis Hamilton brigava por uma vitória com Max Verstappen, pois o piloto da Mercedes apresentou um bom ritmo com os pneus duros e tinha partido para um stint com os pneus médios no SCV provocado pós-abandono de Tsunoda. A Mercedes achou que não era necessário realizar mais uma parada com Hamilton, mas Verstappen, Russell e Leclerc pararam, instalando os pneus macios. O inglês foi surpreendido pelos três pilotos e da liderança, caiu para o quarto lugar.

Os pneus da rodada:

Estratégia de pneus usada durante o GP da Holanda – Foto: reprodução Pirelli

C1 (duros – faixa branca): os pneus duros foram usados por uma boa parte do pelotão, mas Alonso, Norris e Stroll investiram em um stint mais longo com esse tipo de composto. Hamilton e Russell largaram com os pneus médios, mas apresentaram um bom desempenho com os pneus duros, possibilitando a dupla da Mercedes de avançar no grid e se aproveitar o erro da Ferrari.

Os pneus duros não foram ignorados de algumas estratégias, pois a pista não estava muito fria, apenas nublada.

C2 (médio – faixa amarela): os pneus médios foram usados por apenas seis pilotos na largada, mas esse composto fez parte da estratégia de vários competidores. Os pneus médios contribuíram para Hamilton e Russell realizarem um stint mais logo no começo da prova e depois partir para a instalação dos pneus duros. Esse tipo de pneu apresentou também uma boa durabilidade. Apenas a dupla de pilotos da Alpine não usou os pneus médios em sua estratégia.

C4 (macio – faixa vermelha): os pneus macios foram usados por grande parte dos pilotos para a largada e foram uma aposta para o trecho final da corrida, após o Safety Car provocado por Valtteri Bottas.

Esse tipo de pneu possibilitou Leclerc retornar ao pódio, realizando a ultrapassagem em Lewis Hamilton para ocupar o terceiro lugar. O pneu macio também foi fundamental na estratégia de Fernando Alonso e Esteban Ocon, permitindo os pilotos a avançar no grid e terminar a prova dentro do Top-10.

Daniel Ricciardo usou todos os pilotos disponíveis no fim de semana e não obteve ganhos, o piloto ficou preso no final do pelotão, além disso, realizou quatro paradas até concluir a corrida.

A performance de cada um dos pneus usados durante o GP da Holanda – Foto: reprodução Pirelli
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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