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Verstappen vence corrida caótica na Austrália e divide pódio com Hamilton e Alonso

A corrida contou com três paralisações em bandeira vermelha. Verstappen venceu a corrida, superando todas as adversidades da prova

Neste domingo (01) o Albert Park forneceu uma grande corrida, a prova na Austrália foi bem movimentada. O GP contou com três bandeiras vermelhas, uma evidência que a corrida foi um grande caos. Nesta corrida os diretores de prova tiveram um desafio, principalmente após a última bandeira vermelha, pois precisaram tomar a decisão do que seria feito neste final da corrida.

Max Verstappen conquistou a sua segunda vitória da temporada. O holandês fez uma corrida sólida. Porém, é importante destacar que a largada de Verstappen não foi o ponto alto da prova e com isso, George Russell e Lewis Hamilton se aproveitam para saltar para a ponta.

Verstappen pressionou Hamilton no momento que a corrida foi encaminhada para a primeira bandeira vermelha, o piloto recorreu ao uso do DRS para batalhar com o inglês. O piloto da Red Bull sofreu mais uma vez com a relargada e patinou quando a corrida foi reestabelecida.

O holandês ainda cometeu um erro quando a prova se aproximava do final. Max perdeu o controle da parte frontal do carro e extravasou os limites de pista. Verstappen precisou lidar com mais duas relargadas, na primeira o piloto fechou Hamilton para garantir a primeira posição e na segunda relargada optaram pela volta lançada para evitar novos problemas.

A corrida foi bem tensa, principalmente por conta desses períodos de paralisação e a incerteza de como os competidores se portariam no momento que a prova fosse reestabelecida.

Lewis Hamilton representou a Mercedes no pódio, sozinho na relargada, o inglês não conseguiu resistir as investidas de Verstappen. Com o holandês usando o DRS para atacar, a ultrapassagem aconteceu e na sequência o piloto da Red Bull disparou na ponta. Hamilton ainda tentou recuperar a primeira posição depois do segundo período de bandeira vermelha, mas o piloto da Red Bull optou por um traçado defensivo para se defender.

A corrida terminou após um terceiro período de bandeira vermelha. Após a segunda relargada vários carros bateram e apenas 12 pilotos conseguiram se manter na pista para receber a bandeirada final. A direção de prova reorganizou o grid e fez uma largada lançada para evitar uma nova confusão.

Fernando Alonso quase perdeu o pódio pelo toque que recebeu de Carlos Sainz, mas justamente pela reorganização do grid, o espanhol pode voltar para a terceira posição. Sainz foi punido com cinco segundos de punição e com isso, o piloto da Ferrari caiu para o décimo segundo lugar, dada a proximidade do grid.

Lance Stroll assumiu o quarto lugar, mesmo após o piloto ter rodado e quase perdido os pontos que poderia conquistar neste fim de semana. Sergio Pérez ficou com o quinto lugar, acompanhado por Lando Norris e ajudou a McLaren a conquistar os primeiros pontos da temporada 2023. Nico Hülkenberg foi o sétimo colocado com a Haas, seguido por Oscar Piastri que conquistou os seus primeiros pontos na F1 em mais um bom resultado para a McLaren.

Zhou Guanyu ficou com a nona posição, salvando alguns pontos da Alfa Romeo, enquanto Yuki Tsunoda que viveu uma montanha-russa nesta corrida, conseguiu o décimo lugar e colaborou para a AlphaTauri também conquistar os seus primeiros pontos.

Charles Leclerc não concluiu a corrida, o monegasco foi o primeiro piloto da prova que abandonou a corrida, o piloto lidou com um toque com Lance Stroll.

A Fórmula 1 vai realizar uma grande pausa agora, de três semanas, retornando apenas no Azerbaijão no final de abril.

Saiba como foi o GP da Austrália

Antes do início da corrida a FIA informou que Valtteri Bottas e Sergio Pérez começariam a corrida do pit-lane. Os carros desses dois pilotos passaram por alterações na suspensão, enquanto a Red Bull foi um pouco além nas trocas e também fez a mudança de elementos do motor – desta forma o piloto mexicano pode cumprir a punição nesta corrida e contar com componentes adicionais para o restante da temporada.

Grid de largado do GP da Austrália – Foto: reprodução FIA

A classificação foi bem movimentada, mas Max Verstappen conquistou a pole, imprimindo mais um ritmo forte neste início de temporada. O piloto holandês vai dividir a primeira fila com George Russell da Mercedes. O time espanhol conseguiu se classificar à frente de Fernando Alonso, com Lewis Hamilton iniciando a corrida da terceira posição.

A temperatura na pista estava na casa dos 21°C, com 17°C no ambiente.

Começaram a corrida com os pneus macios, Gasly, Ocon, Zhou e Bottas, enquanto De Vries, Sargeant e Pérez apostaram nos pneus duros. O restante do pelotão estava com os pneus duros instalados.

Largada autorizada, Verstappen não largou tão bem, mas fez o possível para defender a primeira posição, no entanto, Russell saltou para a ponta e instantes depois Hamilton ficou com o segundo lugar. Sainz saltou para o quarto lugar, enquanto Fernando Alonso caiu para o quinto lugar. Charles Leclerc perdeu o carro na primeira curva depois de um toque com Lance Stroll, o piloto monegasco foi enviado para a brita.

Com o abandono de Leclerc, o Safety Car entrou na pista, os dez primeiros eram: Russell, Hamilton, Verstappen, Sainz, Alonso, Albon, Stroll, Gasly, Hülkenberg e Tsunoda. A entrada do Safety Car fez um movimento bem interessante, Ocon, Zhou, Sargeant, Pérez e Bottas seguiram para os boxes para instalar outros compostos de pneus. Pérez e Sargeant fizeram uma segunda parada, para abandonar os compostos médios e instalar os pneus duros e tentar ir até o final.

Com a relargada acontecendo na quarta volta, Russell foi controlando a ponta e tentando levar com ele Hamilton, mas o dono do carro 44 estava na mira de Verstappen. Sainz já estava a mais de um segundo atrás do holandês, enquanto Alonso atacava o piloto da Ferrari.

A corrida seguiu com algumas disputas na pista, Hamilton estava usando o DRS para atacar Russell, enquanto Verstappen fazia o mesmo para tentar recuperar as posições perdidas. Como Russell não tinha o DRS para auxiliar o piloto, o inglês começou a tentar compreender o que era possível fazer, enquanto ele auxiliava Hamilton com o acionamento do DRS.

Na sétima volta o Safety Car retornou para a pista: Alexander Albon estampou o muro ao perder o controle da traseira do carro. Com esse acionamento, Russell, Sainz e Magnussen realizaram as suas trocas obrigatórias, o piloto da Mercedes retornou no meio do pelotão, ocupando o sétimo lugar. Pérez ocupava a décima quarta posição, se aproveitando de algumas paradas que aconteceram, além de ultrapassagens que o piloto já tinha realizado.

Durante a nona volta os carros retornaram ao pit-lane, pois a corrida foi encaminhada para a bandeira vermelha. A pista estava bem suja e passaria por uma limpeza depois do acidente de Albon. O traçado estava cheio de brita, tornando aquele ponto da pista bem perigoso.

A corrida de Russell e Sainz foram extremamente prejudicadas por conta das paradas que as equipes realizaram antes da paralisação da prova. A Mercedes pediu desculpas para Russell, pois acreditava que a prova não seguiria para a bandeira vermelha.

Com os carros no pit-lane, as equipes podiam fazer as trocas dos pneus. Todos os pilotos, com exceção de De Vries e Sargeant, estavam com os pneus duros para a relargada. Magnussen passou reto na volta que estavam retornando aos boxes para uma nova largada.

Com início autorizado, Hamilton controlou a largada, enquanto Verstappen patinou e ficou no segundo lugar, segurando Alonso. Ocon espalhou e extravasou os limites de pista depois de ser espremido por De Vries. Neste momento da corrida os dez primeiros eram: Hamilton, Verstappen, Alonso, Gasly, Russell, Stroll, Hülkenberg, Tsunoda Norris e Sainz. Hamilton liderava com cerca de 0s900 de vantagem para Verstappen. Pérez não conseguiu aproveitar a relargada e caiu para o décimo sexto lugar.

Hamilton passou a se preocupar mais com Verstappen, pois com os pneus aquecidos e o uso do DRS, as investidas aconteceram. Na volta 12, Verstappen saltou para a ponta, passando com sobra, o holandês rapidamente abriu mais de dois segundos para Hamilton, deixando o inglês se resolver com Fernando Alonso.

No giro seguinte, Russell, Gasly e Stroll duelavam pela quarta posição. Hülkenberg e Sainz também participavam do duelo. O piloto espanhol aproveitou a proximidade e assumiu a sétima posição, para na sequência atacar o piloto canadense da Aston Martin. Tsunoda ultrapassou Piastri, tirando o piloto da McLaren da zona de pontuação.

Na volta 15, Sainz ultrapassou Stroll e assumiu o sexto lugar. Gasly estava na mira de ataque do piloto da Ferrari. Pérez assumiu o décimo quarto lugar com a ultrapassagem em Magnussen e seguia fazendo a sua escalada discreta no pelotão.

Verstappen liderava a corrida com mais de 3 segundos de vantagem para Hamilton, enquanto o piloto inglês era pressionado por Alonso.

Na volta 18, o motor do carro de Russell começou a perder desempenho e imediatamente começou a pegar fogo, o piloto precisou encostar o carro. O piloto inglês parou o carro próximo da saída do pit-lane. O virtual Safety Car foi acionado. Os dez primeiros eram: Verstappen, Hamilton, Alonso, Gasly, Stroll, Hülkenberg, Tsunoda e Piastri.

Rapidamente a corrida voltou para a bandeira verde e as disputas recomeçaram. Pérez era o décimo segundo colocado, atacando Ocon pelo décimo primeiro lugar, mas neste momento, todos os competidores estavam presos atrás de Tsunoda.

No giro 22, Pérez ultrapassou Ocon e passou a atacar Piastri, para na sequência o piloto mexicano ocupar o décimo lugar e entrar na zona de pontuação. Pérez seguiu a sua escalada e também ultrapassou Tsunoda e foi buscar Norris e Hülkenberg.

Na volta 25, Sainz assumiu a quarta posição concluindo a ultrapassagem em Gasly, mas o espanhol precisou duelar com o piloto francês. Na volta seguinte, Ocon tomou a posição de Piastri, depois que o piloto da McLaren não conseguiu ganhar a posição de Tsunoda, desta forma o piloto da Alpine tentou buscar o resultado que estava sendo conquistado pelo piloto japonês.

Na volta 29, Piastri retomou a posição ao ultrapassar Tsunoda e ficou com o décimo primeiro lugar. Novamente Tsunoda perdia a chance de pontuar com a AlphaTauri, repetindo o que aconteceu nas últimas duas corridas do ano.

Verstappen tinha mais de 8s9 segundos de vantagem para Hamilton, enquanto Alonso começou a pressionar o piloto da Mercedes, pois Sainz tinha se aproximado do carro da Aston Martin.

No final do pelotão, Magnussen e Tsunoda duelavam pela décima terceira posição, com o piloto da Haas ultrapassando o adversário da AlphaTauri. Tsunoda infelizmente não conseguiu manter o ritmo do início da prova. Magnussen fez mais uma ultrapassagem em Zhou, para ocupar o décimo segundo lugar.

Sargeant seguiu para os boxes na volta 38 para substituir os pneus duros. Hamilton fez a volta mais rápida ao anotar 1m21s400.

Na volta 43, Pérez conseguiu concluir a ultrapassagem em Norris, o piloto da Red Bull anotou 1m20s979 para roubar a volta mais rápida. Não demorou muito para Hülkeberg também ser ultrapassado por Pérez e assim o piloto da Red Bull ficou com o sétimo lugar.

Restando 11 voltas para o final, Alonso foi liberado para perseguir Alonso e buscar a terceira posição. O piloto espanhol registrou a volta mais rápida momentaneamente.

Foi na volta 48 que Verstappen perdeu o controle do carro e extravasou os limites de pista e com isso, perdeu três segundos da vantagem que tinha estabelecido para Lewis Hamilton. O holandês reclamou de ter perdido a parte frontal do carro.

Na volta 50, Hülkenberg mudou de direção duas vezes, para bloquear a ultrapassagem de Norris. Duas voltas depois, Norris escolheu o lado de dentro para concluir a ultrapassagem. Instantes depois Hülkenberg espalhou na brita, mas conseguiu retornar ao traçado.

Na volta 54, Magnussen quebrou a suspensão traseira e o pneu traseiro se soltou ficando pela pista. Automaticamente o Safety Car entrou na pista. Bottas fez mais uma troca de pneus e instalou os compostos macios.

A corrida foi encaminhada para mais uma bandeira vermelha, realizando mais uma paralisação. Os dez primeiros eram: Verstappen, Hamilton, Alonso, Sainz, Gasly, Stroll, Pérez, Norris, Hülkenberg e Ocon. Com essa parada, os pilotos instalaram os pneus macios para terminar a prova.

Relargada! 

Restavam duas voltas para o final da corrida quando os pilotos realinharam na reta principal para retomar a prova.

Largada autorizada, Verstappen largou bem e fechou Hamilton. Alonso bateu depois de ser rodado por Carlos Sainz. Pérez extravasou os limites de pista, passou pela brita e caiu para a décima posição. Gasly que tinha saído da pista, retornou de qualquer jeito para o traçado e foi acertado por Ocon. Stroll saiu da pista e caiu para o final do pelotão.

Sargeant acertou De Vries e os dois pilotos foram para área de escape.

Neste momento os dez primeiros eram: Verstappen, Hamilton, Sainz, Hülkenberg, Tsunoda, Norris, Piastri, Zhou, Bottas e Pérez. Apenas doze carros resistiram as batidas após os incidentes, com Alonso em décimo primeiro e Stroll em décimo segundo. A direção de prova estava estudando o que fazer para uma relargada.

A direção de prova optou por reorganizar o grid para uma nova largada: Verstappen, Hamilton, Alonso, Sainz, Stroll, Pérez, Norris, Hülkenberg, Piastri, Zhou, Tsunoda e Bottas. A direção de prova optou por relargar de forma lançada, apenas para encerrar a corrida.

Carlos Sainz foi punido pelo incidente com Fernando Alonso, recebendo cinco segundos de punição. O piloto da Red Bull ficou bravo, principalmente pela direção de prova não ter esperado para conversar com ele.

Verstappen recebeu a bandeira quadriculada na primeira posição, enquanto nenhum dos competidores pode ultrapassar.

 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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