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Günther realiza ultrapassagem decisiva em Rowland para vencer e-Prix de Tóquio

Após apresentar um grande desempenho, Günther surpreende Rowland para vencer com a Maserati

Neste sábado (30) em Tóquio, a Fórmula E realizou uma prova marcada pela estratégia das equipes. Foi com essa sagacidade que Maximilian Günther aguardou o melhor momento para realizar a ultrapassagem em Oliver Rowland e celebrar uma vitória para a Maserati na 10ª temporada.

O resultado de Günther, fornece à Maserati a conquista de sua segunda vitória na Fórmula E, depois que deixou de ser conhecida como equipe Venturi. Günther chega a marca de cinco vitórias na categoria elétrica.

Guiando pela Nissan, Rowland que conquistou a pole, não conseguiu manter a liderança até o final e precisou se contentar com o segundo lugar. No entanto, o piloto celebra o seu terceiro pódio consecutivo neste campeonato, em uma grande exibição de desempenho.

Jake Dennis aproveitou um deslize de Antonio Felix da Costa para comemorar o terceiro lugar. O português da Porsche foi ousado em uma manobra de ataque Rowland, mas não surtiu o efeito desejado, desta forma teve que se contentar com o quarto lugar.

Pascal Wehrlein se envolveu em alguns incidentes e terminou a corrida ocupando o quinto lugar. Embora Edoardo Mortara tenha cruzado a linha de chegada ocupando o sexto lugar, o piloto foi desclassificado por uso além do permitido de energia.

Com a prova comprometida para Mortara, Sergio Sette Câmara ganhou mais uma posição dentro do top-10, faturando o nono lugar e mais alguns pontos para a ERT.

Por ser um circuito mais travado, não tivemos tantas trocas de posição e mesmo na utilização do Modo Ataque, muitos pilotos conseguiram ativar a potência extra sem ser ultrapassado por um adversário. Por conta destas circunstâncias, a corrida marcada principalmente pelas escolhas estratégicas, como o melhor momento de Günther atacar Rowland.

A Fórmula E realiza uma breve pausa, retornando em Misano no dia 13 de abril para a disputa da primeira corrida, de uma rodada dupla na Itália.

Saiba como foi o e-Prix de Tóquio

Oliver Rowland faturou a pole para a primeira prova da Fórmula E no Japão. O piloto da Nissan conseguiu o direito de começar a corrida ocupando a primeira posição, depois de apresentar um bom ritmo na classificação.

Antes do início da prova alguns pilotos foram punidos, Sébastien Buemi, Sam Bird, Jake Hughes, Mitch Evans perderam três posições no grid cada, por atrapalharem algum competidor ao longo da classificação.

Destaque para o brasileiro Sergio Sette Câmara, que faturou a quarta posição para a largada com o carro da ERT.

O líder da temporada, Nick Cassidy faturou apenas a décima nona posição com a classificação.

Largada autorizada, Rowland manteve a ponta, enquanto os primeiros competidores se respeitaram, embora Edoardo Mortara tenha tentado atacar o líder. Sergio Sette Câmara perdeu espaço na pista e logo foi ultrapassado por Jake Dennis, caindo então para o quinto lugar.

O brasileiro da ERT já segurava os aversários, por conta do desempenho fraco do carro. Ainda na primeira volta Dennis e Günther se tocaram, pois o duelo valia a terceira posição.

Jake Hughes já era o décimo terceiro colocado, depois da punição que lidou para a largada.

A prova seguiu sem incidentes. Na primeira oportunidade que Pascal Wehrlein encontrou na pista, concluiu a ultrapassagem em Sette Câmara durante a terceira volta. Na sequência, Robin Frijns também faturou a posição do brasileiro, enquanto Antonio Felix da Costa foi enviado para a oitava posição, sendo o próximo a atacar o brasileiro.

Com cinco voltas os dez primeiros eram: Rowland, Mortara, Günther, Dennis, Wehrlein, Frijns, Da Costa, Sette Câmara, Müller e Nato.

Müller e Nato se envolveram em um desentendimento na pista, mas os pilotos continuaram a prova.

Foi no sétimo giro que Jake Hughes estampou a curva 15 do circuito e a bandeira amarela foi ativada no local. O piloto conseguiu retirar o carro e retornar para a pista, na sequência aproveitou para ativar o Modo Ataque.

Neste momento da prova, Hughes e Di Grassi eram investigados por conta de uma colisão.

Durante a décima volta, Günther passou a atacar Mortara, na busca pela segunda posição, com apenas 10 giros da prova.

Rowland ativou o Modo Ataque na décima primeira posição e por conta de um espaço para Mortara, se manteve na ponta. Aos poucos os pilotos passavam a usar a potência extra para colaborar nos duelos em pista.

A dupla da McLaren seguiu aos boxes na 12 volta, mas os competidores foram devolvidos ao traçado. A corrida estava totalmente comprometida para a equipe vencedora do e-Prix de São Paulo.

Boa parte do grid lidava com a “eliminação” do Modo Ataque, deixando as batalhas mais parelhas.

Com 15 voltas os dez primeiros eram: Rowland, Günther, Mortara, Dennis, Wehrlein, Da Costa, Sette Câmara, Nato e Evans.

Duas voltas depois, Rowland era atacado de forma efetiva por Günther.

Mitch Evans encontrou o carro de Frijns, depois de ser fechado por Sette Câmara na volta 18 e precisou recorrer aos boxes. Di Grassi também realizou uma visita aos boxes, assim como De Vries.

Wehrlein se envolveu em um toque com Dennis, danificando a sua asa dianteira que ficou relativamente solta.

O Safety Car foi acionado durante a 20ª volta, os dez primeiros eram: Rowland, Günther, Mortara, Da Costa, Dennis, Nato, Frijns, Wehrlein, Sette Câmara e Müller.

O ritmo normal da corrida foi retomada no início da 23ª volta, com Rowland tentando administrar a pressão sofrida pelo piloto da Maserati.

Durante a volta 25, Günther saltou para a ponta, se aproveitando de um problema de gestão de bateria do piloto da Nissan.

No giro 28, Rowland era atacado por Mortara, assim como Da Costa que duelava com o piloto da Mahindra pela terceira posição. Como Mortara precisou acionar o Modo Ataque, o competidor caiu para o quinto lugar, dando passagem para o piloto português e o britânico da Andretti.

Por conta do breve período de Safety Car, foram acrescentadas duas voltas, com a prova chegando aos 35 giros.

Sette Câmara acionou o último Modo Ataque quando os competidores chegaram as 32 voltas. Foi neste mesmo momento que Frijns e Nato se tocaram, com o carro do piloto da Envision ficando mais movimentado.

Restando duas voltas para o final, os dez primeiros eram: Günther, Rowland, Dennis, Da Costa, Mortara, Wehrlein, Nato, Müllher, Cassidy e Frijns.

Da Costa atacou Rowland e foi espremido pelo piloto da Nissan, com isso perdeu o pódio pela ousadia.

Nato recebeu uma punição de cinco segundos e ao cruzar a linha de chegada, despencou para o 16º lugar.

Mesmo sofrendo pressão de Rowland até o final, Günther conseguiu se manter na primeira posição para faturar a vitória. Dennis celebrou a terceira posição no pódio.

Com a punição de Nato, Sergio Sette Câmara retornou à zona de pontuação.

Max Günther vence e-Prix de Tóquio com a Maserati – Foto: reprodução Fórmula E
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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