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GP da Holanda – Guerra de estratégia entre Red Bull e Mercedes

O GP da Holanda contou com vitória de Max Verstappen, o piloto da Red Bull trabalhou com a estratégia de duas paradas, seguindo o que a Mercedes usou para Lewis Hamilton, respondendo as investidas do inglês que tentava obter a vitória.

Por ser uma pista nova no calendário da Fórmula 1, além de ter inclinações em algumas curvas, a Pirelli optou pelos pneus mais duros da sua gama para usar neste fim de semana, pensando justamente nos stress que eles sofreriam.

As diversas interrupções que ocorreram durante os treinos livres, impossibilitaram as equipes de verificar com precisão a duração dos compostos para estabelecer as suas estratégias, desta forma alguns times não sabiam por quantas voltas poderiam contar com os pneus médios se adicionassem eles as suas estratégias do domingo.

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Os pilotos que começaram a prova com os pneus macios, foram maioria no grid, contando com a aderência dos compostos principalmente para a largada.

A Red Bull respondeu a janela de operação da Mercedes, no entanto, na segunda parada nos boxes, o time austríaco instalou pneus duros em Max, enquanto Hamilton parou para trocar os pneus médios novos, por médios já usados, algo que gerou uma certa confusão para o inglês e se mostrou uma estratégia muito ruim, principalmente pelo piloto retornar no trânsito.

Os times contavam com estes pneus para o domingo

Pneus que os times poderiam usar no GP da Holanda – Foto: reprodução Pirelli

Não contar com um pneu médio para final até foi bom para Max, pois ele teve uma performance melhor na corrida, já que ainda contava com goma, enquanto o adversário reclamava do desempenho final dos médios. 

As estratégias e os desempenho dos pneus

As estratégias usadas no GP da Holanda – Foto: reprodução Pirelli

C1 (Duro – faixa branca): o pneu duro foi essencial para a estratégia que permitiu Max Verstappen vencer a corrida, justamente por contar com mais desempenho no final da corrida. O holandês realizou a corrida estabelecendo uma diferença para Hamilton, mas ela nem sempre foi mantida, principalmente por conta do encontro com os pilotos retardatários. Além disso, Verstappen não precisava forçar muito o carro, pois ultrapassar na pista era algo bem complicado de se fazer.

A dupla da Ferrari que optou por uma estratégia de duas paradas, usou os pneus duros depois de ir aos boxes depois da volta 30.

Apenas Pérez usou os pneus duros para a largada, mas danificou a goma com oito voltas, precisando retornar aos boxes para realizar uma troca de pneus.

C2 (Médio – faixa amarela): apenas cinco pilotos começaram a corrida com os pneus médios, mas Lando Norris foi o piloto que mais estendeu a sua parada, podendo instalar os pneus duros para o final da corrida

De certa forma, também foi um dos compostos mais utilizados no grid, já que poucos deixaram de usá-lo em sua estratégia.

Não ficou muito claro o motivo da Mercedes parar na volta 20, instalar pneus médios novos e depois realizar uma segunda parada na volta 39, apostando em pneus médios usados. O inglês poderia ter tentado obter a volta rápida com este jogo, mas a Mercedes parou mais uma vez para instalar os pneus macios.

Todos os pilotos tinham um jogo de pneus médios novos para usar na corrida, mas as equipes não tiveram tempo adequado para verificar a sua durabilidade.

C3 (Macio – faixa vermelha): foram os pneus escolhidos para a largada, além de ser a estratégia adotada por todos os pilotos que conseguiram avançar para o Q3. Apesar da degradação, ele surpreendeu as expectativas quanto a duração, pois alguns pilotos foram além da volta 30 com este pneu.

Eles apareceram na estratégia final da Mercedes para ficar com o ponto da volta rápida.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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