ColunistasDestaquesFórmula 1Post

Red Bull fatura dobradinha na Bélgica com vitória conquistada por Max Verstappen

Mesmo com a punição, Verstappen fez as ultrapassagens que precisava, discutiu com o engenheiro as escolhas, mas se viu seguro para cruzar a linha de chegada na primeira posição. O holandês conquista a 10ª vitória da temporada

Max Verstappen venceu o GP da Bélgica e fatura a 45ª vitória da carreira. O piloto holandês cruzou a linha de chegada com mais de 22 segundos de vantagem para Sergio Pérez. Verstappen derrotou o companheiro de equipe depois da primeira rodada de pit-stops, por conta da performance apresentada.

As férias de verão começam agora, Verstappen completamente seguro de que conquistará o terceiro título no final da temporada 2023, o piloto conta agora com 314 pontos. Mesmo depois de discutir com o engenheiro as escolhas para a corrida e o seu ritmo, Verstappen sobrou.

Sergio Pérez realizou a ultrapassagem em Charles Leclerc metros depois da largada. O piloto mexicano estabeleceu uma boa diferença para o adversário e não foi incomodado pelo monegasco. Depois que Pérez foi ultrapassado por Verstappen de forma efetiva na 17 volta, o piloto fez uma corrida segura e ajudou a Red Bull a faturar mais uma dobradinha na Bélgica.

Lewis Hamilton tentou brigar com Charles Leclerc pela terceira posição, mas o inglês dessa vez não conseguiu serrotar o piloto da Ferrari. O monegasco celebra o pódio, ‘perdendo’ apenas para a Red Bull. Por sua vez, o inglês da Mercedes estabeleceu uma boa distância para Fernando Alonso e conseguiu realizar uma parada adicional no final da corrida, para faturar o ponto da volta rápida e se aproximar de Fernando Alonso.

Por falar no espanhol da Aston Martin, Alonso concluiu a corrida na quinta posição. O piloto se beneficiou dos problemas com a McLaren e do abandono de Carlos Sainz. Ganhou algumas posições e completou o Top-5.

George Russell que iniciou a corrida ocupando a oitava posição, concluiu a prova em sexto, fazendo ultrapassagens importantes no momento que a segunda rodada de pit-stops começou. Lando Norris experimentou um resultado diferente nesse GP da Bélgica, o piloto perdeu várias posições da largada, figurou no final do grid, mas conseguiu escalar o pelotão com as trocas de pneus que foram realizadas com o piloto. Norris faturou alguns pontos, obtendo a sétima posição.

Esteban Ocon ultrapassou Yuki Tsunoda e Lance Stroll ao final da corrida, para figurar na oitava posição. O piloto francês tinha começado a corrida do décimo quarto lugar, depois da dupla da Alpine ser eliminada no Q2.

Stroll colaborou com o time faturando a nona posição, enquanto Tsunoda que exibia um bom ritmo na corrida, obteve a décima posição para a AlphaTauri, fazendo o time italiano retornar à zona de pontuação.

A Fórmula 1 entra de férias agora, retornando apenas no final do mês de agosto, com o GP da Holanda.

Saiba como foi o GP da Bélgica

Neste domingo a Haas optou por introduzir a quinta unidade de potência no carro de Nico Hülkenberg. O piloto que já começaria a prova do final do grid, ficou no pit-lane aguardando a largada.

Max Verstapen registrou o melhor tempo na sexta-feira, mas com a punição pela troca do câmbio, o holandês vai começar a corrida da sexta posição. Automaticamente, por ser o segundo mais rápido, Charles Leclerc herdou a ponta e o direito de comandar a largada.

Tivemos uma prova Sprint no sábado com vitória de Max Verstappen, mas o piloto foi surpreendido por Oscar Piastri que liderou algumas voltas da corrida.

Antes do início da prova não chovia na Bélgica, a temperatura na pista estava na casa dos 28°C, com 18°C no ambiente. Com a pista seca, eles começaram com os pneus slick. Nos carros de Oscar Piastri, Lando Norris, George Russell, Fernando Alonso, Yuki Tsunoda e Nico Hülkenberg começaram a prova com os pneus médios.

Com a largada autorizada, Leclerc se manteve na ponta, enquanto Pérez e Hamilton duelavam pela segunda posição. Instantes depois, Pérez já era o líder, Verstappen ultrapassou a dupla da McLaren. Piastri foi surpreendido após o toque com Sainz, o piloto espanhol estava tentando fugir do carro da Red Bull, por conta de espaço na pista. Como os carros estavam muito próximos o acidente foi inevitável.

Ao final da primeira volta, os dez primeiros eram: Pérez, Leclerc, Hamilton, Verstappen, Sainz, Alonso, Norris, Tsunoda, Albon e Stroll. O carro de Sainz estava danificado, mas o piloto espanhol foi instruído a permanecer na pista.

No segundo giro, Piastri abandonou a prova com problemas. A corrida seguiu, Sainz não conseguia permanecer perto de Verstappen, desta forma segurava os outros competidores. O carro de Sainz tinha sofrido cerca de 5% de dano aerodinâmico.

No início da quarta volta, Alonso ultrapassou Sainz, para ocupar a sexta posição, depois do adversário batalhar pela posição. Como vários pilotos estavam próximos, eles usavam o DRS. Durante o quinto giro, Norris foi ultrapassado por Albon, Stroll e Russell, caindo para a décima primeira posição.

Sainz também tinha virado uma chicane na pista, foi ultrapassado por Tsunoda e era atacado por Albon na sequência. Na ponta, Pérez tinha mais de dois segundos de vantagem para Leclerc, durante a sexta volta.

Sainz não conseguiu segurar mais e foi ultrapassado por Albon. Norris, Magnussen e Ricciardo foram para os boxes. Ainda no sexto giro, Verstappen assumiu a terceira posição que era de Hamilton e já tinha se aproximado de Leclerc.

Outros pilotos também foram realizando as suas paradas, para instalar o jogo de pneus médios. No entanto, Norris tinha em seu carro os pneus duros instalados.

No oitavo giro, Albon, Sainz e Zhou foram chamados para os boxes. A Ferrari não abandonou a corrida com Carlos Sainz, na realidade optou por instalar os pneus médios e devolver o espanhol para a pista.

Norris e Sainz não tinham ritmo. O piloto da McLaren ocupava a décima quinta posição durante o nono giro. Verstappen conseguiu concluir a ultrapassagem em Leclerc, para então ocupar a segunda posição. O DRS, combinado com a potência da Red Bull, não foi páreo para a Ferrari.

No décimo giro, foi chamado para os boxes Tsunoda, o piloto japonês foi devolvido para a pista na décima posição, sendo atacado diretamente por Albon. Ricciardo ultrapassou Norris, para ficar com a décima quarta posição.

A chuva começou a se aproximar do autódromo e a expectativa era dela cair nos próximos 20 minutos. Hülkenberg duelava com Fernando Alonso pela oitava posição e realizou a ultrapassagem pois o piloto da Aston Martin ainda estava com os pneus frios, após a troca. Quando os compostos começaram a render, Alonso reagiu para atacar e reconquistar a oitava posição que foi ocupada pelo piloto alemão momentaneamente.

Com treze voltas de prova, os dez primeiros eram: Pérez, Verstappen, Leclerc, Hamilton, Stroll, Russell, Gasly, Alonso, Tsunoda e Albon. Gasly passou a lidar com os ataques de Alonso.  Pela sétima posição.

Pérez e Leclerc foram aos boxes no giro seguinte. Com o mexicano retornando na segunda posição. Verstappen e o engenheiro foram discutindo nos rádios sobre o momento de realizar a parada. O piloto holandês trocou os seus pneus na volta 15, não permanecendo mais tempo em pista por conta da possível chuva nos próximos minutos da prova.

Durante a décima sexta volta, Verstappen e Pérez estavam disputando a liderança da prova. O piloto holandês tinha o direito de abrir a asa para perseguir o piloto mexicano. No lado oporto do pelotão, Norris ocupava a décima sexta posição, tentando se aproximar de Zhou, enquanto Sainz já era o último colocado.

Com dezessete voltas, Verstappen ultrapassou Pérez no final da Eau Rouge. No giro seguinte, Norris fez a sua segunda troca de pneus, agora instalando os pneus macios. A chuva já era sentida na décima quinta curva.

Na 20 volta, Tsunoda ultrapassou Stroll, para ocupar o oitavo lugar. Na sequência foi a vez do piloto japonês atacar Gasly pela sétima posição. No giro seguinte, Stroll instalou os pneus macios, retornando apenas na décima oitava posição. Verstappen quase perdeu o carro na Eau Rouge, por conta da pista que já estava ficando úmida.

Durante a volta 23, Norris conseguiu um espaço para fazer a ultrapassagem em Sargeant. A chuva começou a cair. Russell que estava nos boxes contou com os pneus macios, no entanto, a AlphaTauri instalou médios no carro de Russell.

A chuva ou melhor, as poucas gotas, deixavam a situação de definir os pneus complicada. Russell já tinha um desempenho melhor e foi fazendo ultrapassagens para escalar o pelotão. Albon e Gasly substituíram os seus compostos por pneus médios novos, durante a 25ª volta.

Por fim, a Ferrari optou por abandonar com Sainz. Nesse momento da corrida, mais alguns pilotos foram para os boxes, Tsunoda usava os compostos macios. Os dez primeiros eram: Verstappen, Pérez, Leclerc, Hamilton, Alonso, Ocon, Magnussen, Russell, Norris e Zhou. Russell já tinha superado Norris.

Na ponta, Verstappen fazia corria tranquila, com mais de 8 segundos de vantagem para Pérez. Hamilton antecipou a sua segunda parada e foi para os boxes na volta 28 volta, instalando os pneus macios para retornar na quinta posição. Leclerc por sua vez precisou reagir a parada de Hamilton, no giro seguinte.

No retorno ao traçado, Leclerc manteve a terceira posição, pois Alonso se defendeu do duelo com Hamilton. O piloto inglês fez a ultrapassagem. Pérez e Alonso pararam na 30ª volta. O espanhol que já tinha perdido a posição para Hamilton, retornou à frente de Russell com pouco mais de um segundo de vantagem para Russell.

Para encerrar a rodada de trocas, Verstappen então fez a sua troca de pneus, instalando os compostos macios para ir até o final. Neste momento, do primeiro ao décimo colocado, todos estavam com pneus macios.

Alexander Albon tentava retornar aos pontos e atacava Ocon na briga pelo décimo lugar. Gasly também participava do duelo, pressionando o piloto da Williams que estava à frente. Depois de tanto pressionar, o francês superou Albon e se estabeleceu na décima primeira posição.

Restavam dez voltas para o final e Verstappen não queria reduzir o ritmo, enquanto o engenheiro começava a informar o holandês sobre o consumo exacerbado dos compostos no primeiro stint realizado.

Os dez primeiros eram: Verstappen, Pérez, Leclerc, Hamilton, Alonso, Russell, Norris, Stroll, Tsunoda e Ocon. Tsunoda era pressionado por Ocon, mas os dois tinham pneus em desgaste semelhante.

Novamente, com tanta insistência, Ocon conseguiu ultrapassar Tsunoda e assumiu a nona posição. Gasly já tinha se distanciado deles, com mais de 2s de diferença. Na sequência, foi a vez de Zhou tomar o décimo quinto lugar de Ricciardo.

Zhou seguiu a sua escalada e também conseguiu superar Hülkenberg, para ir buscar Magnussen na sequência. Na volta 42, Albon seguiu o caminho de Zhou e superou Hülk, enquanto Ocon ultrapassava Stroll para ficar com a oitava posição.

Durante a penúltima volta, foi a vez de Ricciardo superar Hülkenberg, que perdia performance gradativamente. Hamilton optou por fazer uma parada adicional para buscar o ponto da volta mais rápida, tentando tirar a marca que era de Max Verstappen.

Max Verstappen cruzou a linha de chegada com mais de 22 segundos de vantagem para Pérez, faturando a sua 45ª vitória. Pérez e Leclerc completaram o pódio. Lewis Hamilton faturou o ponto da volta mais rápida anotando 1m47s305 no final do GP da Bélgica.

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo