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GP da Rússia – Por conta da baixa abrasividade da pista, Pirelli aposta nos pneus macios da gama

A partir de 2023 o GP da Rússia muda de casa, a corrida que atualmente é disputada em Sochi, será transferida para São Petersburgo, no Autódromo de Igora Drive. Mas enquanto a mudança não ocorre, o traçado que não costuma agradar muito os fãs, recebe mais uma prova.

Na temporada passada, a Pirelli optou por fornecer os pneus da gama mais macia, por conta de o traçado conter um asfalto pouco abrasivo e liso. Desta forma a fornecedora de pneus volta a apostar nestes compostos para o GP de 2021. Os times vão trabalhar então com o C3 (Duro – Faixa Branca), C4 (Médio – Faixa Amarela) e C5 (Macio – Faixa Vermelha).

Em 2014 a dupla da Mercedes poderia ter terminado a prova utilizando apenas um composto. O asfalto ainda está passando pelo seu processo de maturação, com uma constante evolução, ano após ano que a Fórmula 1 disputa mais uma etapa por lá.

Como a Pirelli forneceu a gama mais macia em 2020, os times foram tirados da sua zona de conforto, quebrando a cabeça para estabelecer as suas estratégias. No começo os pilotos reclamaram muito da aderência dos pneus, principalmente quando estavam buscando as voltas rápidas.

Nas estratégias que foram trabalhadas na temporada passada, todos os pneus foram trabalhados, mas a preferência esteve na utilização dos pneus médios e duros, principalmente para Valtteri Bottas que venceu a corrida. Lewis Hamilton que terminou a corrida na terceira posição trabalhou com uma estratégia de pneus Macios, evoluindo para os duros.

A corrida que é disputada em Sochi, consiste em 53 voltas, analisando a corrida do ano passado, Lando Norris foi o piloto que mais completou voltas com os pneus duros, foram 46 giros com eles, mas foi apenas o décimo quinto colocado tentando realizar uma corrida de recuperação depois que teve problemas na largada.

Foto: reprodução da Pirelli

Com temperaturas mais amenas nessa época do ano, a degradação dos pneus também acaba reduzindo, mas a dificuldade para manter a temperatura dos compostos é algo que acaba interferindo principalmente na aderência. Atualmente a previsão é de chuva para toda a semana em Sochi, então talvez os times precisem recorrer aos pneus de chuva desta vez.

A chuva pode interferir nas escolhas das equipes e também mudar o favoritismo na pista. Todas as sete provas que foram realizadas por lá, contaram com vitórias da Mercedes, Lewis Hamilton tem 4, Valtteri Bottas possuí duas e Nico Rosberg conta com 1.

Sochi é uma pista com velocidade mais lenta, marcada pela tração e frenagem, principalmente com curvas em ângulo de 90° graus. A curva 3 é a mais exigente e a exceção do circuito, que lembra muito a curva 8 do circuito de Istambul na Turquia.

Por conta das retas longas, as equipes trabalham com configurações aerodinâmicas de média para baixa.

Neste ano a Fórmula 1 está trabalhando com treinos livres mais curtos, mas é possível notar uma evolução da pista entre os treinos livres, até os times partirem para a classificação. A categoria principal, ainda vai contar com a companhia da Fórmula 2 e Fórmula 3, algo que pode contribuir para a aderência dos pneus.

Estratégias do ano passado

Foto: Pirelli Racing
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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