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Em atividade voltada para uma porção de verificações, Charles Leclerc lidera com Ferrari TL2 na Hungria

Se dividindo em simulação de corrida e stints maiores com os pneus de pista seca, tabela de tempos fica bem variada. Red Bull aparece abaixo dos 10 primeiros colocados

O TL2 da Fórmula 1 realizado nesta sexta-feira (21) na Hungria foi marcado pela pista seca e a possibilidade dos competidores de experimentarem a pista em uma condição mais próxima do que vão enfrentar no restante do fim de semana.

Charles Leclerc apareceu como o líder da sessão, depois de anotar 1m17s686, superando a marca de Lando Norris por 0s015. Não foi atividade focada nas voltas rápidas, pois existia a necessidade de coletar dados, depois de um TL1 pouco agitado e prejudicado pela chuva. Os melhores tempos foram um reflexo principalmente da troca dos pneus médios, pelos menos macios.

Pierre Gasly foi o terceiro colocado, seguido por Yuki Tsunoda que apareceu momentaneamente na primeira posição. Apenas esses quatro primeiros colocados conquistaram tempos na casa de 1m17s.

Com várias peças para verificar, a Red Bull ficou abaixo dos dez primeiros colocados. Max Verstappen foi o décimo primeiro, enquanto Sergio Pérez obteve apenas a décima oitava posição. Isso significa que as atualizações da Red Bull fizeram o time perder desempenho? Não, pois na realidade cada uma das equipes tinha a sua prioridade estabelecida para a sessão, dessa forma estavam trabalhando com programas diferentes. A tabela de tempos está bem variada, mas podemos comentar que a realização de stints maiores foi uma prioridade nessa atividade.

A Fórmula 1 retorna neste sábado às 7h30 (pelo horário de Brasília), para a realização do TL3, atividade que acontece antes da classificação.

Saiba como foi o TL2 da Fórmula 1 na Hungria 

Com a pista seca neste TL2, os times encaminharam os seus carros para a pista para realizar uma porção de verificações, já que o cronograma ficou prejudicado no TL1 por conta da chuva.

Na pista a temperatura estava na casa dos 32°C, cm 23°C no ambiente. Neste começo de atividade, grande pare do grid dava atenção para os pneus médios, enquanto a Williams era a única equipe trabalhando com os pneus macios. Kevin Magnussen utilizava os pneus duros em seu carro da Haas.

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Sargeant apareceu na ponta com 1m18s836, com menos de dez minutos de sessão realizada. Vários times levaram peças novas para testar na Hungria – penúltima corrida antes das férias de verão, assim, a oportunidade de andar com o carro em pista seca na sexta-feira era muito importante para obter dados.

Estão disponíveis para esse fim de semana a gama mais macia dos pneus: C3 (faixa branca – duro), C4 (faixa amarela – médio) e C5 (faixa vermelha – macio). Para esse fim de semana na Hungria os pilotos vão contar com apenas 11 jogos de pneus para realizar a etapa, além disso, será trabalhado um novo formato de classificação.

Com 20 minutos de atividade, os dez primeiros eram: Sargeant, Verstappen, Norris, Albon, Alonso, Bottas, Pérez, Zhou, Leclerc e Piastri. Os pilotos estavam trabalhando com stints longos, verificando também a duração dos pneus. Foi apenas nesse momento que a Red Bull liberou sua dupla de pilotos para o traçado. O carro de Pérez tinha passado por reparos depois da batida no TL1, desta forma conseguiu retornar para a pista e participar da sessão.

A dupla da Red Bull também apostava nos pneus macios para o começo de suas verificações pelo traçado. Após completar uma volta, Pérez passou pelos boxes, antes de iniciar o seu próximo giro no traçado. Mesmo usando os pneus médios, Hamilton saltou para a quarta posição com a marca de 1m18s943, abandonando o final da tabela de pontos.

Alexander Albon retornou aos boxes e começou o seu cronograma com os pneus médios, na primeira volta com esse compostos, o piloto tailandês anotou 1m18s377 e superou a marca do seu companheiro de equipe com os pneus macios. Neste momento da atividade, os outros competidores estavam fazendo uma movimentação diferente da Williams e foram fazer usas verificações com os pneus macios. Novamente a tabela de tempos passou por mudanças, ainda que o foco fosse na simulação de corrida.

Yuki Tsunoda foi o primeiro piloto a abaixar da casa de 1m18s, pois faturou 1m17s934 para ser o líder momentâneo da sessão. Lando Norris conseguiu melhorar a marca do piloto japonês, para anotar 1m17s701 e ficar com a ponta da tabela, enquanto a sessão se encaminhava para a última meia hora.

Nos últimos 24 minutos de sessão, os dez primeiros eram: Norris, Gasly, Tsunoda, Ocon, Hülkenberg, Bottas, Alonso, Zhou, Verstappen e Stroll. Bottas tinha melhorado a sua marca para 1m18s085 com um jogo de pneus médios de cinco voltas.

Nos boxes da McLaren, a agitação era observada, pois a equipe estava verificando o assoalho de Oscar Piastri, um dano tinha acontecido – a sessão do piloto foi atrapalhada por esse problema, prejudicando o seu tempo de contato com a pista. Não demorou muito para Charles Leclerc, ficar com a ponta pois obteve 1m17s686, superando Norris por 0s015.

Nos boxes, Leclerc quase se chocou com a Alpine de Ocon, por conta de uma liberação insegura por parte do time francês, mas não comprometeu os carros dos competidores.

Por conta das verificações diferenciadas, era difícil atestar quem estava em melhor situação nesse traçado. Além disso tem a questão com os pneus que os times vão enfrentar durante a classificação por conta da ATA. No Q1 apenas os pneus duros vão estar liberados, enquanto no Q2 eles vão trabalhar com os pneus médios e no Q3 eles atuam com os pneus macios.

Com a aproximação do encerramento da sessão, os pilotos ainda estavam trabalhando em simulação de corrida e verificando os seus pneus. Alonso completou cerca de 14 voltas em um stint longo com os pneus médios, antes de passar pelos boxes. Pérez instalou um jogo novo de pneus médios próximo do encerramento da sessão, depois de ter completado apenas 8 voltas com os pneus macios. Kevin Magnussen tinha retornado aos pneus duros.

A Aston Martin investiu no flow-vis no final da sessão, para fazer alguns testes no carro de Alonso e na asa traseira que era utilizada pelo time.

Após o cronômetro zerar, marcando o final da sessão, os 20 pilotos que estavam em pista se direcionaram para a posição de largada, para realizar o teste. A direção de prova também aproveitou o momento para trabalhar o Virtual Safety Car, já que é um procedimento que é usado em corrida.

 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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