ColunistasDestaquesFórmula EPost

Cassidy aproveita corrida movimentada, escala pelotão e supera Dennis para vencer o e-Prix de Portland

Começando a corrida da 10ª posição, Cassidy foi escalando o pelotão para vencer o e-Prix de Portland nesse sábado

Quando o e-Prix de Portland começou, ninguém sabia qual piloto venceria a prova, pois a corrida nesse circuito era imprevisível. Nesse sábado (24) vimos os pilotos trocando várias e várias vezes de posição em uma corrida muito dinâmica. Jake Dennis começou a prova da pole, mas viu a liderança da corrida passando por outras mãos, inclusive por Nick Cassidy.

Depois da ação do Safety Car em dois momentos da prova, Cassidy conseguiu mais uma vez aparecer na ponta, o piloto da Envision travou um duelo mais direto com Antonio Félix da Costa e os competidores se alternaram na ponta. Foi apenas no final da corrida que Cassidy conseguiu se impor, para cruzar a linha de chegada na primeira posição, faturando a sua terceira vitória na 9ª temporada. Vale destacar que Cassidy começou a prova da 10ª posição e precisou escalar o pelotão para vencer a prova.

Jake Dennis precisou enfrentar o piloto da Porsche e no último giro no Circuito de Portland, o britânico atacou o piloto português para ficar com o segundo lugar e por sua vez faturar pontos importantes para esse duelo que se estende pelo título. Da Costa então se contentou com o terceiro lugar, depois de quase ter faturado uma vitória, sendo um bom resultado para o piloto que começou a corrida da sétima posição.

Mitch Evans também travou um duelo pelo pódio, mas precisou ficar mais ligado com o que estava acontecendo atrás do seu carro. O neozelandês foi desafiado por Sébastien Buemi, além de Max Günther e Sam Bird.

Lucas di Grassi conseguiu a oitava posição, depois de uma grande recuperação da Mahindra na prova. Pascal Wherlein também realizou uma corrida de recuperação e obteve o nono lugar, enquanto Norman Nato foi o décimo colocado.

Saiba como foi o e-Prix de Portland

Na batalha entre Jake Dennis e Sacha Fenestraz, o piloto da Andretti faturou a pole em Portaland, ganhando o direito de começar a prova da primeira posição. Vale destacar nesta classificação o desempenho dos carros da Nissan, além da própria McLaren, pois a equipe britânica compartilha o mesmo powertrain usado pela equipe japonesa.

A dupla da DS Penske, formada por Jean-Erick Vergne e Stoffel Vandoorne, começaram a prova do pit-lane. A equipe foi penalizada após utilizarem um “equipamento de identificação por radiofrequência” para obter informações sobre outros carros em tempo real, conforme os competidores passavam perto do equipamento. O sistema foi instalado no início do TL2 e chamou a atenção dos fiscais. Como tal coleta de dados não é permitida, pois configura violação dos regulamentos que regem a categoria os seus pilotos foram punidos.

Entre os brasileiros, Lucas Di Grassi começou a prova da 13ª posição com a Mahindra, enquanto Sergio Sette Câmara era o 19º colocado com a NIO.

Essa promete ser uma corrida bem desafiadora para os competidores, principalmente por ser um circuito veloz, com poucos pontos para a regeneração de energia. Sem a entrada do Safety Car ou o uso da Full Course Yellow, os pilotos têm pela frente 28 voltas.

Largada autorizada, Dennis manteve a ponta, enquanto Fenestraz fazia o possível para defender a segunda posição de René Rast que saltou para a terceira posição, superando Norman Nato. Di Grassi perdeu uma posição após a largada, caindo para a décimo terceiro lugar.

Usando todos os espaços da pista, Cassidy ultrapassou Hughes para ocupar o sexto lugar. Os pilotos da McLaren seguiam imprimindo um ritmo forte, mas Hughes tentava se defender dos adversários, com isso, o britânico foi perdendo posições, depois de ser ultrapassado por Günther e Ticktum, depois que os pilotos dividiram uma curva.

Na terceira volta os dez primeiros eram: Dennis, Nato, Fenestraz, Da Costa, Cassidy, Rast, Günther, Rast, Ticktum, Hughes e Frijns. Rapidamente dez pilotos se lançaram para ativar o Modo Ataque. Nico Müller estava com a asa danificada.

Durante a quarta volta tudo mudou, Cassidy saltou para a ponta, enquanto Rast surgiu na terceira posição depois de ter perdido um pouco de espaço na pista. Merhi perdeu o controle do carro na curva 8, abandonando a prova na sequência. Foi nesse momento que o Safety Car entrou na pista por conta do carro da Mahindra que estava parado na pista.

Cassidy tinha perdido a ponta por ter ativado o Modo Ataque. Com a neutralização da prova, os dez primeiros eram: Nato, Da Costa, Dennis, Cassidy, Rast, Fenestraz, Günther, Hüghes, Frijns e Di Grassi. Câmara tinha saltado para a décima quarta posição.

Depois de reagrupar o pelotão e a pista ser liberada, o Safety Car deixou o traçado no final da sétima volta. Fenestraz foi chamado pelo time para fazer reparos na asa dianteira e com isso prejudicava a sua corrida, pois o piloto da Nissan era o sexto colocado. A corrida seguia com muita disputa, foi nesse momento que os pilotos foram se lançando para usar o Modo Ataque, como Nato, Da Costa, Dennis, Cassidy, Rast, Günther, Hughes e Müller. Com isso, as posições se alternavam no grid. Rast despencou para o nono lugar.

Os pilotos estavam muito próximos e com isso dividiam as curvas, negociando todos os espaços da pista. Di Grassi surgiu na quinta posição por conta dessa movimentação gerada pelo Modo Ataque. Na décima volta, uma batida forte aconteceu após Nico Müller perder o controle do carro da ABT Cupra. O piloto perdeu o controle do carro depois que os freios não funcionaram.

O Safety Car retornou ao traçado. Os dez primeiros eram: Cassidy, Günther, Nato, Mortara, Da Costa, Dennis, Rast, Di Grassi, Ticktum e Hughes.

O ritmo normal da corrida foi reestabelecido no final da décima sexta volta. Pouco depois da saída do Safety Car, Nato saltou para a ponta, enquanto Cassidy era o segundo colocado. Poucos metros depois, Nato ativou o Modo Ataque. A corrida ficou ainda mais intensa, pois os pilotos que ainda não tinham ativado o Modo Ataque, estavam fazendo as suas últimas ativações.

Câmara surgiu na quinta posição com a NIO. Toques aconteciam no final do pelotão, com Wehrlein envolvido nas confusões. As posições na pista se alternavam rapidamente por conta do uso do Modo Ataque. Cassidy surgiu outra vez na ponta, enquanto Evans e Da Costa duelavam pelo segundo lugar.

No início da vigésima volta, os dez primeiros eram: Cassidy, Da Costa, Bird, Frijns, Günther, Dennis, Evans, Mortara, Sette Câmara e Nato. Sacha Fenestraz saiu da pista ao extravasar os limites do traçado, com isso perdeu posições e caiu para o décimo sétimo lugar. Müller foi punido com cinco segundos, mesmo depois de ter abandonado a prova.

Os pilotos seguiam trocando posições, por conta dos duelos que aconteciam em pista, Cassidy foi ultrapassado por Da Costa, com o piloto da Porsche garantindo a ponta. A Porsche solicitava ao piloto português para conservar energia se não fosse muito atacado por Cassidy.

A corrida começou a ficar um pouco menos agitada, com os pilotos tentando poupar os seus equipamentos para o final da corrida. Neste momento, Vergne era o piloto destaque da prova, já que tinha começado a corrida do pit-lane e aparecia no terceiro lugar.

Foi acrescentado pela direção de prova mais quatro voltas, por conta da presença do Safety Car em pista. Entre os dez primeiros, Vergne era o piloto que mais tinha consumido bateria e com isso começou a perder performance e posições, o piloto da DS Penske rapidamente caiu para a oitava posição.

Cassidy e Da Costa se alternavam na ponta, com o piloto da Porsche contando com mais energia. Dennis atacava o piloto português na busca pela segunda posição, mas os competidores que estavam à frente usavam um traçado defensivo. Foi na volta 28 que Dennis atacou Cassidy, mas o piloto da Andretti não tinha se livrado de Da Costa.

Por conta da pista ampla, alguns competidores passavam por fora dos limites do traçado, levantando um pouco de poeira por conta da terra que delimitava o traçado. Enquanto Bird tentava evitar um novo toque com Evans.

Ao abrir a volta 30, Cassidy era o líder da corrida, enquanto Da Costa tentava encontrar um espaço para brigar com o piloto da Envision. Bird foi atacado por Günther e com isso caiu para a sétima posição. Buemi que estava fazendo uma corrida discreta, surgiu no quarto lugar, depois de duelar com os pilotos da Jaguar.

Restando apenas duas voltas para o final, os pilotos foram em ritmo frenético duelando com os seus adversários. Cassidy tentou um traçado defensivo, Da Costa também tentou se defender dos ataques do piloto da Andretti e os dois pilotos se tocaram mais uma vez.

Metros antes de chegar na reta final, Dennis concluiu a ultrapassagem em Da Costa. Cassidy faturou a vitória com a Envision.

Evans conseguiu recuperar a posição perdida para Buemi na penúltima volta. Os pilotos foram seguidos por Günther, Bird, Di Grassi, Wehrlein e Nato.

Resultado do e-Prix de Portland – Foto: reprodução Fórmula E

Ao final do e-Prix de Portland, Bird foi punido com cinco segundos por ter forçado outro piloto para fora da pista, com isso o competidor da Jaguar caiu para a décima sétima posição. Bird ficou furioso nas últimas voltas da prova, pois não pode atacar Evans e ainda perdeu posições por conta de outros adversários que atacaram o britânico.

A dupla da McLaren que realizou uma boa classificação e esteve batalhando pelo pódio nas primeiras voltas da corrida, terminou fora da zona de pontuação. René Rast foi apenas o décimo quarto colocado, enquanto Jake Hughes completou a prova na décima oitava posição.

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo