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Silly season: Como estão as equipes da Fórmula E até agora?

As mudanças de equipes e pilotos para a 7ª temporada da Fórmula E começou antes mesmo de 2019/20 acabar. Tudo começou com Pascal Wehrlein surpreendendo a todos ao trocar a Mahindra pela Porsche. Depois dele, Sam Bird, Daniel Abt e Alexander Sims foram outros que movimentaram o tabuleiro de xadrez da categoria.

A categoria está em contagem regressiva para a pré-temporada em Valência (final de novembro), então vale a pena ver como as equipes estão se preparando para o novo desafio.

AUDI

Após a turbulência causada pela saída de Daniel Abt, a Audi se recuperou e na fase final da temporada. A rápida adaptação de René Rast à categoria, garantiu-lhe a vaga de piloto oficial da equipe para o próximo ano. 

Lucas di Grassi vai para a sétima temporada pela equipe. Em busca do bicampeonato, o brasileiro pretende se recuperar do seu pior ano, um quinto lugar no geral. Apesar de ter sido um dos três únicos pilotos que completaram todas as etapas na temporada 6, a falta de ritmo do carro o tirou da disputa pelo campeonato. 

Mesmo assim, a Audi sempre se apresenta como uma das favoritas ao título.

BMW

O recém-anunciado Jake Dennis mostra a aposta ousada da BMW para o ano que vem, a dupla de jovens pilotos pode surpreender. 

Jake tem 23 anos, passou pelo DTM e é piloto de simulador da Red Bull na Fórmula 1. Max Guenther vai para a sua 3ª temporada na Fórmula E, mas já mostrou ter condições de se mostrar combativo.

Será que ele já é experiente o suficiente para levar a equipe ao título? Será que a BMW vai conseguir manter o ritmo até o final?

DRAGON

A Dragon é a única equipe que não confirmou nenhum piloto para a próxima temporada. O desempenho ruim nos últimos anos podem estar afetando a negociação com novos nomes. A equipe precisa de alguém que possa ajudá-la a se reconstruir e quem chegou em 2019 não conseguir fazer isso.

Brendon Hartley pulou do barco enquanto a temporada estava suspensa. O também novato Nico Müller não foi capaz de contribuir tanto assim. Sérgio Sette Câmara, substituto de Hartley, foi o que mostrou melhor desempenho durante sua participação no Festival de Berlim.

Mas nada está certo ainda. O que será que vem por aí?

JAGUAR

A nova dupla da Jaguar é uma das mais fortes do grid inteiro. Sam Bird e Mitch Evans juntos certamente é uma combinação que impõe muito respeito, mas a Jaguar ainda tem muitos acertos a fazer. 

A perda de desempenho do carro durante a fase final da temporada basicamente fez o time desaparecer, não só da disputa pelo título (Mitch Evans era o vice-líder do campeonato), como da competição em si, já que eles ficaram apenas com o 7º lugar entre os construtores.

Bird mudou de casa para ser campeão, você acha que ele vai conseguir?

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MAHINDRA 

Após um ano bastante atribulado, a Mahindra é outra equipe que busca redenção. A aposta em Pascal Wehrlein não deu certo e, ainda durante a paralisação da temporada, o piloto acabou deixando a equipe indiana para se juntar à Porsche. Jerome D’Ambrosio anunciou recentemente sua aposentadoria e agora é vice-diretor da Venturi

O único piloto confirmado até agora é Alex Sims, que veio da BMW. Alex Lynn teve um ótimo desempenho durante o Festival de Berlim, mas ainda não foi garantido como piloto oficial. A imprensa internacional chegou a ventilar que Romain Grosjean teria testado o simulador da equipe, mas aparentemente foi apenas boato mesmo.

Dillbagh Gill ainda não mostrou sua segunda carta, você tem algum palpite?

MERCEDES

A primeira da nossa lista que manteve a dupla de pilotos do ano passado. Após um impressionante (porém surpreendente) segundo lugar entre os construtores na temporada 6, Stoffel Vandoorne e Nyck de Vries permanecem na equipe para o novo desafio.

Embora tenha um discurso cauteloso, o objetivo da Mercedes é, claramente, repetir a performance excepcional da marca na Fórmula 1. A principal aposta do time liderado por Ian James é o novo powertrain construído pela própria equipe.

Expectativas foram criadas. Você é #TeamMercedes ou não?

Foto: reprodução

NIO

Se existe uma equipe que tenta desesperadamente mudar seu rumo na Fórmula E é a Nio. Em queda livre desde a 4ª temporada, a equipe amargou novamente o último lugar no campeonato sem conquistar ponto algum. 

Oliver Turvey se mantém fiel à equipe e vai para o 7º ano seguido com o time. Seu companheiro de equipe ainda é um mistério. Os principais nomes são Ma Qing Hua e Daniel Abt, mas a julgar pelo desempenho dos dois, Abt tem larga vantagem, resta saber se ele quer fazer desse projeto, digamos, desafiador.

A Nio fez uma grande reestruturação nos últimos meses, mudanças de pessoal e um novo trem de força estão entre as maiores modificações. Será que agora vai?

NISSAN

Vice-campeões da temporada 6, a Nissan teve um começo bem difícil e demorou a se recuperar depois que sua principal inovação (o motor duplo) foi considerada ilegal pela FIA. Mesmo assim, os japoneses mostraram que ainda tem muita força dentro da categoria.

Tanto que é a segunda das três equipes que mantiveram a mesma dupla do ano passado. Sebastien Buemi e, o agora vencedor de corrida, Oliver Rowland retornam para disputa almejando mais um título para a Nissan.

Serão eles fortes o suficiente para isso?

PORSCHE

A mais novata entre as novatas não fez feio em sua estreia. Os já esperados erros cometidos não atrapalharam a imagem da equipe que saiu como forte, capaz de integrar o meio do grid, apesar de ter terminado o campeonato em 8º lugar.

Andre Lotterer continua na equipe e agora tem Pascal Wehrlein na garagem ao lado. Com certeza uma dupla para ficar de olho.

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TECHEETAH

Falando em dupla para ficar de olho, a Techeetah teve embates muito interessantes dentro e fora dos boxes. A toda-poderosa agora é bicampeã dos construtores e possui dois pilotos campeões. Se as coisas continuarem como estão, essa configuração não vai se desfazer tão cedo.

Jean-Eric Vergne teve um desempenho muito irregular e promete esforço máximo para dar a volta por cima. Tarefa que não vai ser fácil, pois Antonio Félix da Costa tem que aproveitar a ótima fase para se manter no topo.

A equipe com a dupla mais forte do grid [?] certamente terá todos os holofotes voltados para si.

VENTURI

O fim da parceira pouco rendosa com Felipe Massa parece não ter abalado a Venturi tanto assim. A team principal Susie Wolff trabalha incessantemente para estruturar a equipe e torná-la capaz de subir no grid.

Para isso, agora conta com Norman Nato, o piloto de testes foi promovido e agora será companheiro de equipe de Edoardo Mortara, que vai para a quarta temporada com o time de Mônaco. 

Vamos ver o que o futuro guarda para Susie e sua trupe.

VIRGIN

A Virgin sofreu um duro golpe com a saída de Sam Bird da equipe. O time britânico resolveu buscar uma nova forma de disputar a Fórmula E na juventude e talento de Nick Cassidy.

É provável que o time tenha um desempenho questionável na próxima temporada caso Cassidy demore a se adaptar à competição e Robin Frijns mantenha a fase ruim e o desânimo de 2019/20. 

Repetir o 4º lugar geral talvez seja o que destino da equipe. Talvez.

A pré-temporada da Fórmula E acontecerá em Valência no fim de novembro e você pode acompanhar todos os preparativos aqui no Boletim do Paddock.

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