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Seis dias de testes durante a pré-temporada, o que muda para as equipes do grid?

Este ano os testes de pré-temporada da Fórmula 1 foram reduzidos a seis dias. divididos em duas semanas. Esta é mais uma iniciativa da categoria para reduzir os custos. Como a redução afeta as equipes?

A pista de Barcelona recebe os testes de pré-temporada desde 2016, com dias dedicados a atividades intensas onde as equipes podem verificar seus carros se preparando para a primeira prova do ano. Quando os times vão para a pista, existe uma lista de prioridades, atividades que precisam ser realizadas e que são divididas entre esses dias, por isso nós comentamos que é difícil realizar uma comparação entre as equipes, pois cada uma está trabalhando em seu programa próprio.

Eles basicamente investem em realizar uma verificação de desempenho, que é bem rigoroso para provar a confiabilidade do carro, analisando se não existem problemas mecânicos, de refrigeração ou aerodinâmico. Também é bem comum ver os times com várias grades de aferição aerodinâmica espalhadas em diversos pontos do carro, elas são responsáveis por fazer esta medição do que já foi projetado e que precisa ser aperfeiçoado para a primeira etapa do ano. Em Melbourne os carros já estão bem diferentes.

As “simulações de corrida” são comuns nesses dias, os pilotos passam a ficar longos períodos na pista, este é mais um caminho para obter os dados de confiabilidades. Alguns carros quebram nesses períodos, passando horas dentro da garagem com os mecânicos tentando identificar o problema; com oito dias estas horas importam, mas ainda existe tempo para trabalhar, mas com seis dias, algumas prioridades podem ser modificadas se o tempo na pista for perdido.

Encontrar o limite do carro também está nesta lista, é quando o piloto e a máquina podem se encontrar, onde eles testam o limite e descobrem o equilíbrio, identificando o consumo de combustível em diferentes cargas, aquecimento, pressão dos pneus e sua durabilidade.

A disparidade é interessante, as equipes com mais poder aquisitivo, costumam realizar alguns testes em suas fábricas e quando chegam a Barcelona podem se dedicar mais aos detalhes, aperfeiçoando a máquina. Para equipes menores significa descobrir todo o desempenho dos seus carros naqueles dias e são justamente elas que acabam trabalhando mais, pois necessitam de mais dados.

Se alguém passa muito tempo na garagem, a confiança para a primeira prova do ano pode ser afetada. A Williams em 2019 perdeu dois dias de testes, a equipe precisou enxugar os seus trabalhos na pista. É difícil atestar quem é mais veloz, ainda mais com o meio de pelotão, mas “a verdade” só será descoberta em Melbourne, quando a classificação começar.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.
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