ColunistasDestaquesFórmula 1

Preview GP do Japão de 2018 – Vettel embarca em uma Missão iWpossível!

O Grande Prêmio do Japão foi uma das últimas corridas agregadas ao calendário da Fórmula 1 e acabou sendo o palco de algumas decisões de campeonato. O autódromo Fuji Speedway foi local destinado para a realização das duas primeiras provas que ocorreram no Japão nos anos de 1976 e 1977, até ser retirado novamente do calendário, por 10 anos. Seu retorno se deu em 1987 no autódromo de Suzuka, hospedando a Fórmula 1 de forma exclusiva e ganhando a reputação de corrida mais desafiadora da temporada.

Nos anos de 1994 e 1995 o país teve duas competições, onde foram nomeadas como Grande Prêmio do Pacifico. Sete países tiveram duas competições no mesmo ano, para preencher algumas lacunas que surgiram durante a temporada.

Suzuka – Palco para os campeões • BP • Boletim do Paddock

A competição que havia se mudado para Suzuka em 1987, voltou a ocorrer por dois anos seguidos em Fuji (2007-2008), com parte de um acordo entre Toyota e Honda, mas devido à desaceleração da economia global a Toyota acabou deixando o caminho livre para que a corrida retornasse para Suzuka.

O circuito tem costume de ser o palco do triunfo de pilotos que tem mundiais na carreira, talvez seja por isso que é um dos mais reverenciados pelos pilotos. Para vários cabeças de gasolina brasileiros a pista é muito especial devido as provas de tirar o folego que foram protagonizadas por Ayrton Senna nas decisões dos campeonatos de 1988, 1989 e 1990.

Ayrton Senna vence em Suzuka e conquista o seu primeiro título • BP • Boletim do Paddock

lll Fuji Speedway

A primeira edição da corrida contou com uma chuva torrencial e com vitória de Mario Andretti. Em uma corrida que decidiria a vitória do título ou para Niki Lauda ou James Hunt. Não podemos esquecer que em 1976, foi o ano do acidente de Lauda. Naquela corrida o austríaco daria apenas 2 voltas e recolheria para os boxes, vendo o seu grande rival do campeonato, que precisava apenas de um pódio para se consagrar campeão, o que ao final da corrida e após um pequeno desencontro de informações foi confirmado o triunfo de James Hunt.

Vista do Circuito de Fuji – Fonte: StatsF1.com

No ano seguinte Hunt voltou para mais uma disputa, finalmente vencendo a corrida, mas no mesmo ano um acidente entre e Gilles Villeneuve e Ronnie Peterson depois de uma colisão acabou matando dois espectadores.

Em 1978 houve a divulgação da confirmação do Grande Prêmio, mas pouco tempo depois ele seria cancelado oficialmente por motivos de segurança.

Fonte: StatsF1.com

lll Suzuka

Dez anos depois da ausência da Fórmula 1 no país, a competição ganhou uma nova casa, com um circuito redesenhado pelo holandês John Hugenholtz e é propriedade da Honda e utilizado como pista de testes pela marca japonesa. Acabou ganhando o coração dos fãs por ser uma pista rápida e exigente e foi palco de vários momentos memoráveis e dramáticos ao longo da sua história.

Vista do Circuito de Suzuka – Fonte: StatsF1.com

A Curva 130R

A famosa curva 130R recebeu esse nome por causa do seu raio de 130 metros, podendo ser feita a mais de 300 km/h em sétima marcha. O pneu direito dianteiro, pode suportar o equivalente a 800 quilos de força descendente quando o carro descreve esta curva à velocidade máxima.

Fonte: StatsF1.com

Suzuka também é perigosa

A pista de Suzuka também é famosa por presenciar por diversas vezes acidentes terríveis, como o de Nigel Mansell em 1987 e Timo Glock em 2009 e em 2014 quando o francês Jules Bianchi da Marussia, após escapar da curva Dunlop atingiu um trator que retirava a Sauber do alemão Adrian Sutil, que rodara na pista na volta anterior o ocorrido, a tragédia gerou uma onda de revolta contra os organizadores da prova que infelizmente tomaram a decisão de colocar um trator em uma pista de alta velocidade sem ao menos colocar o Safety Car na pista. Nove meses depois do acidente a morte de Jules Bianchi foi anunciada em 17 de julho de 2015 e em meio a tantas boas disputas o autódromo carrega essa mancha de um dia muito triste para a Fórmula 1.

 

lll Pneus

Para a disputa em Suzuka a Pirelli volta a apostar na configuração da temporada passada, utilizando os compostos médios (faixa branca), macios (faixa amarela) e supermacios (faixa vermelha), pois são os melhores compostos para lidar com a energia demandada pela curva 130R. Na verdade os carros estão quase sempre executando alguma curva em Suzuka o que acaba exigindo muito dos pneus.

A configuração é a mesma, mas a goma utilizada nesta temporada é mais suave que a anterior. Os pneus são atacados em alta força descendente o que os empurra para baixo, a fim de minimizar a aderência. Essas condições significam que os compostos estão sujeitos a forças multidirecionais, a todo o todo o tempo.

lll Corrida de 2017

Com alguns graus a mais na pista, a Ferrari tinha tudo para aproveitar as condições para se sair melhor e de fato conseguir um bom rendimento. No entanto uma vela do motor acabou comprometendo o desenvolvimento do carro do alemão, que logo na largada via uma das melhores oportunidades escapando das mãos.

Ao final da corrida, Vettel e Hamilton ficavam separados por 59 pontos e corria o risco de perder o segundo lugar do campeonato para Valtteri Bottas que estava apenas 13 atrás.

Mais uma vez no ano Hamilton foi arrojado e cauteloso, tudo na medida certa, para se manter na frente de Verstappen que fez mais uma impressionante corrida, deixando para trás os abandonos que assombraram o então piloto da Red Bull ao longo da temporada. As últimas voltas foram de tirar o folego e bem protagonizadas por estes dois personagens. Hamilton tendo que lidar com vibrações no carro e utilizando os retardatários para se manter na frente, mas Vertappen parecia não se importar com os obstáculos e continuou com a sua caçada até a bandeira quadriculada ser balançada para o inglês.

Hamilton está mais próximo do tetracampeonato, depois de abandono de Sebastian Vettel • BP • Boletim do Paddock

A Red Bull pode não ter vindo com a corda toda como fora esperado, mas era decisiva na hora de tirar pontos das duas grandes forças da temporada.

Felipe Massa concluiu a corrida em décimo, sendo atacado por Fernando Alonso até o final e aliás o piloto da Williams, mais o da McLaren, foram exatamente os retardatários usados por Hamilton para aumentar a distância para Verstappen.

O rádio de Jolyon Palmer não foi para o ar na transmissão, mas o britânico, apesar de tudo, agradecia a participação na Fórmula 1 “Obrigado a todo, foi um prazer correr com todos vocês”. Meu lado emocional foi acionado ao escutar esse rádio, é realmente triste ver um piloto sendo chutado para fora da categoria faltando poucas corridas para o termino da temporada. Além disso Palmer sai marcado como um piloto ruim e como alguns disseram por aí, que não merecia estar oportunidade, onde estes, simplesmente se esqueceram do seu passado. Ele pode apenas não ter se adaptado a categoria. Mais um piloto sendo “punido” pela Fórmula 1. Era o momento de despedida do piloto da Reanult da categoria.

Depois do Japão restavam apenas mais quatro corridas, já ocorrendo dezesseis até aquele momento. A Fórmula 1 estava quase se despedindo da temporada de 2017.

 

Ferrari vai correr de pintura nova em Suzuka – Por Rafael Lopes

Fonte: GloboEsporte.Globo.com
Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo