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Preview: GP da Austrália de 2019 – La de volta outra vez

O Grande Prêmio da Austrália é uma das disputas mais antigas, tanto no contexto histórico automobilístico, quanto na Fórmula 1, pois ele existe desde 1928, mas entrou oficialmente no calendário da categoria apenas em 1985.

A Austrália passou pela era pré e pós-guerra das corridas na terra, até aquelas que precisaram sobreviver ao racionamento de combustível e pneus, também teve inúmeras cidades como sede até se firmar em Adelaide e depois ter que se mudar para Melbourne.

Na era pós-guerra nomes como Jack Brabham, Stirling Moss e Bruce McLaren já se aventuravam em competições automobilísticas na Austrália, utilizando os carros de Fórmula 1, elas ficaram conhecidas como Tasman Fórmula e alternavam entre estas disputas e as realizadas na Europa. Vale lembrar que a Austrália é um país de que teve a sua origem como uma colônia inglesa e essas competições serviam também para chamar a atenção da Europa para o Austrália. Esses pilotos e outros como Graham Hill, Jackie Stewart e Jim Clark venceram provas nesse estilo e uma coincidência entre eles, eram todos ingleses.

Adelaide e Melbourne

A temporada de 1985 da Fórmula 1 foi fechada no circuito de rua de Adelaide, que ficou logo conhecido como sendo uma prova desafiadora, exigente e complicada, além de ser muito desgastante, embora a alma do circuito trouxesse o clima de festividade assim que os pilotos desembarcavam para a competição. Adelaide permaneceu como circuito oficial da F1 até 1995, quando a disputa foi transferida para Melbourne, mas acabou sendo palco de vários momentos históricos, como em 1986, faltando dezoito voltas para o final, Nigel Mansell acabou abandonando a prova, com um pneu esquerdo traseiro furado, e o título ficou com Alain Prost. Outro momento foi a manobra polêmica de Michael Schumacher, que disputava o título com Damon Hill, provocando um acidente, e batendo o carro no muro para tirar da prova o seu adversário, ganhando assim o campeonato.

Adelaïde • STATS F1
Melbourne • STATS F1
Mudanças…

Ainda em 1993 o empresário Ron Walker, começou a trabalhar com o governador de Jeff Kennett para trazer a competição para Melbourne e poucos dias antes das eleições o anúncio da mudança foi informada, o valor da transação não foi trazido a público, mas muito provavelmente custou uma grande quantia. Os organizadores disseram que a transferência seria bem-vinda para o parque Albert Park, melhorando as suas instalações que ainda eram da época da Segunda Guerra Mundial.

A partir do momento que a troca de sede aconteceu o GP da Austrália que costumava ser o último da temporada, passou a figurar como abertura ou uma das primeiras etapas do calendário.

Diferente de Adelaide, Melbourne é mais conhecido como uma prova mais suave e de alta velocidade. O circuito de Albert Park, é realizado na rua, ao redor do lago que tem o mesmo nome, no centro comercial de Melbourne e da capital cultural do país. O asfalto da região foi reconstruindo para garantir a suavidade e o local é usado diariamente para tráfego dos moradores. Uma prova realizada em um circuito médio mais extremamente rápido, com uma sucessão de curvas. Para os jogadores de Fórmula 1, é a pista que mais fica marcada na nossa memória, pois é geralmente nela que aprendemos os macetes do jogo. Não possui muitas retas, na temporada passada foram aplicadas três zonas de DRS, o que pode ajudar na hora da realização das ultrapassagens, já em quem 2017 as reclamações foram imensas sobre esse quesito, com tudo as freadas são fortes e escorregadias, acarretando um número alto de abandonos na prova e um risco maior de acidentes.

A ampliação da zona de DRS está sendo testada na Austrália, mas se funcionar pode ser aplicada em outros circuitos que também existe uma maior dificuldade em realizar ultrapassagens.

Pontuação em volta rápida

O Grupo de Estratégia, junto com a Comissão da Fórmula 1 através de uma votação na internet, determinou que a partir desta primeira corrida, o piloto que fechar a volta rápida receberá um ponto.

No entanto só vale para aqueles pilotos que estiverem entre os dez primeiros, após o término da corrida. Se o piloto realizou ela entre os dez, mas acabou perdendo posições, ele perde a validade. Desta forma um ponto extra acaba entrando na jogada, podendo movimentar ainda mais o campeonato de pilotos e construtores.

Pneus

 

Como muitos já sabem os pneus mudaram mais uma vez para está temporada, agora eles vão de uma escala de C1 à C5, onde o primeiro é o mais duro e o último o mais macio das gomas. Agora nas pistas vamos ver apenas três cores, branco, amarelo e vermelho.

 

Para esta primeira prova, vão ser utilizado os C2 (faixa branca), C3 (faixa amarela) e C4 (faixa vermelha.

Veja na tabela abaixo as mudanças:

Relembre a corrida de 2018

O primeiro Grande Prêmio do ano foi repleto de emoções, mas certamente o drama vivido pela Haas, nem em sonho passou pela cabeça de nenhum fã que acompanhava a corrida naquela madrugada. A equipe americana havia emparelhado os dois carros da equipe na quarta e quinta posições, mas não conseguiriam concluir a prova com nenhum dos dois.

Os problemas enfrentados pela Haas justo na primeira etapa do ano, acabou ditando a luta da equipe com a Renault nas etapas seguintes. O abandono ocorreu logo após o pit-stop da equipe, quando a pistola pneumática não conseguiu afixar a roda.

 

 

Até este momento, Lewis Hamilton era o líder da prova, merecidamente após o bom final de semana, onde também emplacou a primeira pole da temporada. No entanto após o acionamento do Sefety Car virtual, o real acabou entrando, Romain Grosjean que havia estacionando em um ponto perigoso da pista. A Ferrari aproveitou para realizar a troca de pneus de Sebastian Vettel e devolvê-lo na frente do inglês.

Hamilton que já havia realizado a sua parada, ficou assim como a equipe sem entender nada. Desta parte para a frente, até a última volta da prova, o inglês ficou perseguindo o alemão, tentando encontrar um ponto de ultrapassagem, sem sucesso.

Kimi Raikkonen ficou em terceiro, se tornando o perseguidor de Hamilton, mas não se mantendo tão perto ao ponto de deixar Hamilton ameaçado.

Daniel Ricciardo se beneficiou com o abandono da Haas, conseguindo terminar em quarto. Fernando Alonso levou vantagem na entrada daquele Safety car virtual, saltando para o quinto lugar. O espanhol realizou uma boa corrida e após a saída do carro físico de segurança da pista na volta 32, Alonso deu conta de segurar Max Verstappen e mais tarde nas voltas finais, formou uma fila composta por Nico Hulkenberg e Bottas, além do holandês que não conseguia ultrapassar.

A corrida foi marcada por cinco abandonos, além dos pilotos da Haas, Pierre Gasly da Toro Rosso, Marcus Ericsson e Sergey Sirotikin deixaram a pista.

Fonte; Globo Esporte
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Rubens Gomes Passos Netto

Editor chefe do Boletim do Paddock, me interessei por automobilismo cedo e ao criar este site meu compromisso foi abordar diversas categorias, resgatando a visão nerd que tanto gosto. Como amante de podcasts e audiolivros, passei a comandar o BPCast desde 2017, dando uma visão diferente e não ficando na superfície dos acontecimentos no mundo da velocidade. Nas horas vagas gosto de assistir a filmes e séries de ação, ficção científica e comédia. Atuando como advogado, também gosto de fazer análises e me aprofundar na parte técnica.

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