Muitos ainda acabam enxergando o automobilismo como um esporte masculino, desta forma é importante conhecer mulheres que estão trabalhando nas categorias para ajudar a quebrar está visão.
Passando pelo site Females in Motorsport me deparei com a história de Deborah Lyall, minha xará que trabalha na Fórmula E, com a Jaguar Racing, como assistente de equipe. Ela desempenha um papel fundamental para o time, sua função está ligara a atividades operacionais, onde ela lida diretamente com o transporte da equipe, tanto dos carros e equipamentos, como das pessoas que vão participar das etapas.
Ela divide a equipe em dois grupos para a realização das viagens, mas ela sempre acompanha o primeiro grupo que geralmente é o formado pela equipe comercial, os engenheiros seguem com o segundo grupo. Deborah precisa garantir que todos cheguem ao aeroporto para o embarque e tenham os vistos para as viagens.
Assim que ela chega na pista, Deborah diz que não para mais, sempre está resolvendo alguma questão que acaba surgindo: “Em um fim de semana de corrida, tenho muito mais mobilidade, não me sento em uma mesa. Sempre há problemas que surgem no local que precisam ser resolvidos rapidamente. Isso é diferente no escritório, onde estou na maior parte do tempo, ocupada me preparando para a próxima corrida.”
Nas preparações para o ePrix, ela auxilia na arrumação dos boxes, preparando o local para que os outros trabalhos possam ser executados. A maratona de retirar os carros, carregá-los…
“Quinta-feira é o dia de se preparar para as verificações, então meu trabalho é comparecer às reuniões certas, garantir que todos saibam quando e onde é o almoço e ter o kit dos pilotos em ordem e pronto para as verificações”, disse Deborah para o site Females in Motorsport.
Além de ficar atenta e verificar se todos estão cumprindo o seu papel para que as coisas de fato funcionem, Deborah também ajuda a equipe comercial. Quando a equipe recebe visitantes ela ajuda na recepção deles e acomodação no espaço VIP ou para que conheçam mais o time. Mas os boxes já são bem movimentados cobrando muito se sua atenção.
Como tudo começou
Sua paixão pelo automobilismo começou ainda muito jovem, quando o pai levou para casa um calendário da Fórmula 1 e uma tabela com os pilotos que participariam da temporada de 1980. O calendário ajudou a não perder nenhuma corrida, e desde aquele momento ela passou a acompanhar o esporte. Em 1990 ela conseguiu acompanhar uma corrida em Silverstone, algo que ela define como “de tirar o fôlego”.
Ela começou a trabalhar no automobilismo em 2007 na GP2 com a Arden Motorsport, onde permaneceu por nove anos e adquiriu muita experiência.
“Percebi que queria me envolver com as corridas desde o momento em que meu pai trouxe para casa aquele calendário, eu fiquei tão interessada nele. Mas a certeza veio uma vez que experimentei pela primeira vez as corridas de verdade, quando trabalhei para o Grande Prémio A1.”
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O Grande Prêmio A1, era um campeonato que ocorria durante o inverno no hemisfério norte, onde cada equipe representava o país de origem. Um campeonato monomarca que utilizava os chassis Lola.
Sobre a sua trajetória ela fala: “O ponto alto da minha carreira foi definitivamente trabalhar para a Jaguar Racing. É o nível mais alto que alcancei em uma função e trabalhar neste campeonato é brilhante, é um ótimo ambiente e bom para trabalhar com tantos profissionais com diferentes formações.”
Para aqueles que querem construir uma carreira no automobilismo, ela diz:
- Continue batendo nessas portas, alguém eventualmente lhe dará a oportunidade;
- Trabalhe duro jogue duro;
- … e divirta-se. É um estilo de vida, então há coisas para desistir em casa, mas é brilhante!