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GP do Azerbaijão – As estratégias que foram trabalhas em Baku

O GP do Azerbaijão foi a sexta rodada da temporada de 2021, uma prova onde a Pirelli optou pela utilização dos pneus mais macios da sua gama, justamente para aumentar a possibilidade de estratégias dos times.

O fim de semana foi marcado por algumas bandeiras vermelhas, mesmo sendo os pneus mais macios escolhidos para Baku, os pilotos acabam se deparando com a dificuldade de aquecer os compostos. Várias áreas com sombra também são encontras pelo circuito, além disso os times têm um pouco de dificuldade para encontrar o acerto ideal.

A prova contou com a vitória inesperada de Sergio Pérez, acompanhado por Sebastian Vettel e Pierre Gasly.

O abandono de Max Verstappen e Lance Stroll será verificado pela Pirelli, foram dois pneus duros que estouraram durante a prova. A fornecedora de pneus já prometeu uma investigação mais dura, verificando imagens e também os pneus de outros pilotos para obter uma resposta sobre os problemas que ocorreram em Baku.

LEIA MAIS: Pirelli acredita que o desgaste dos pneus não tem relação com o abandono de Max Verstappen

Tivemos um período de Safety Car, justamente ocasionado pela batida de Lance Stroll, os pilotos já tinham executado a sua parada obrigatória – com exceção do canadense que estava fazendo um stint mais longo, pois largou com os pneus duros – eles não tiveram vantagem neste momento para mudar a sua estratégia, mesmo com alguns já reclamando da atuação dos pneus.

Os pneus da rodada

Estratégias adotadas no GP do Azerbaijão – Foto: reprodução Pirelli

Duro – C3 faixa branca: foi o pneu chave para um stint mais longo, quando os pilotos abandonaram os pneus macios, partiram para a utilização dos compostos duros, na tentativa de permanecer mais tempo na pista.

A Alfa Romeo tentou uma estratégia para colocar Giovinazzi em uma posição melhor, o piloto da Alfa Romeo largou com os pneus macios e partiu para os compostos duros na segunda volta – uma parada precoce para tentar ter um melhor desempenho que os rivais. O italiano largou muito bem, mesmo começando a prova do final do pelotão

Após a boa performance em Mônaco, a Aston Martin também deu um show em estratégia, Stroll largou do final do pelotão e a equipe optou pelos pneus duros para a largada – na tentativa de deixar o canadense mais tempo na pista e ele ganhar posições quando os rivais começassem a realizar o seu pit-stop. Funcionou até o momento que o pneu traseiro dele acaba estourando.

Em contrapartida, a estratégia da Aston Martin para Sebastian Vettel funcionou, onde o piloto largou com os pneus macios novos, conservou eles, liderou algumas voltas da prova, realizou a parada, instalou compostos duros e ganhou algumas posições. Após o abandono de Max Verstappen e o erro cometido por Hamilton na relargada, o alemão conquistou o segundo lugar.

A Red Bull também conseguiu mandar Sergio Pérez para a segunda posição, após a reação rápida com Verstappen e o mexicano, quando Lewis Hamilton teve uma parada ruim. Pérez pode vencer a prova após o abandono do companheiro de equipe e garantir pontos para o mundial de construtores. 

Médios – C4 faixa amarela: este pneu não foi muito utilizado, mas Kimi Raikkonen começou a corrida com eles e conseguiu terminar a prova na décima posição. A dupla da Williams também optou por este composto para a largada.

Durante os treinos livres as equipes trabalharam com este pneu, existia a possibilidade dos pilotos até fazerem a classificação com ele, mas por conta da grande diferença de desempenho para o registro de voltas rápidas, desistiram da ideia.

Macio – C5 faixa vermelha: os dez primeiros colocados começaram a prova com este pneu e outros pilotos do grid apostaram em estratégias semelhantes para ter mais aderência no início da corrida. Grande parte dos pilotos permaneceu com eles por umas 11 voltas, quando abandonaram este pneu para trabalhar com os compostos de faixa branca.

Após a parada provocada por bandeira vermelha, em decorrência da batida de Max Verstappen, todos os pilotos tiveram os pneus macios instalados para completar a prova já que a FIA optou por uma relargada parada.

Duração e melhor volta com os pneus no GP do Azerbaijão

Foto: reprodução Pirelli

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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