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GP de Mônaco – Estratégias adotadas no Principado, o uso dos pneus macios

Os dois pontos mais importantes sobre Mônaco são: realizar uma boa classificação e estratégia. Isso acaba ajudando na conquista por pontos, principalmente quando a equipe consegue trabalhar bem com as duas questões. Por conta da dificuldade para realizar ultrapassagens durante a prova, os pilotos acabam contando com os estratégiastas para ganhar algumas posições com as suas paradas.

Neste fim de semana a Ferrari conquistou a pole no Principado, mas foi Max Verstappen que acabou dominando a primeira fila, já que Charles Leclerc enfrentou problemas e ficou impossibilitado de participar da prova.

Assim como já vimos em outros momentos, as equipes trabalharam com a estratégia de uma parada, mesmo aqueles que começaram a corrida com os pneus macios, conseguiram alongar a sua permanência na pista. Neste ponto é importante dizer que os compostos macios durante os treinos livres estavam mostrando um bom trabalho, com vários pilotos conseguindo uma boa volta, ainda no giro 14 deste composto.

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Não é um circuito tão abrasivo, mesmo sendo de rua, mas para algumas equipes como a Mercedes trabalhar a temperatura dos compostos é sempre um problema. Mesmo com os compostos trabalhando o tempo todo por conta das curvas.

Para ter mais aderência na largada, os pilotos que estavam tentando avançar para o Q3, trabalharam com os pneus macios, já que com os médios e poucas voltas seria mais complicado obter uma boa marca.

Os pneus usados na rodada

Macios (C5 – faixa vermelha): o pneu mais macio da gama e o composto adotado para está corrida. Também é tipo de pneus que as equipes acabam conservando mais, para ter goma suficiente para a classificação.

Foi o pneu usado pelos dez primeiros para a largada, mas também a aposta de algumas equipes que estavam fora do top-10 para ter mais aderência. Sem a entrada do Safety Car os pilotos foram permanecendo na pista, até que suas equipes encontrassem o momento mais adequado para realizar as suas paradas. Alguns pilotos permaneceram cerca de 37 voltas com estes pneus, antes de realizar as trocas para o composto médio ou duro.

Lewis Hamilton abriu a janela de paradas, a atitude da Mercedes não ajudou o inglês na conquista por posições. Na realidade o piloto não superou Pierre Gasly e ainda foi ultrapassado por Sebastian Vettel e Pérez. Tem como entender o motivo do piloto ter ficado irritado com a estratégia adotada pela equipe.

Ao final da prova Hamilton optou por segundo pit-stop, pois tinha uma margem de segurança para Lance Stroll. O piloto instalou os pneus macios mais uma vez, podendo buscar a sua volta rápida. O canadense que esticou a sua parada largando com os pneus duros, também estava com os pneus macios, mas não conseguiu superar Hamilton.

Médios (C4 – faixa amarela): foi usado por cinco pilotos para a largada, mas nenhum deles conseguiu entrar no top-10. E daqueles pilotos que conquistaram pontos, apenas Esteban Ocon da Alpine optou por eles após realizar a parada na volta 37.

Duros (C3 – faixa branca): mesmo quando a Pirelli leva os pneus mais macios de sua gama, sempre as equipes vão lidar com um pneu que tem uma maior resistência. Geralmente ele acaba sendo o composto que os pilotos encontram mais dificuldade para atingir a temperatura ideal. Ele também não fornece a aderência necessária durante os primeiros giros, o que acaba dificultando na conquista por aderência.

No entanto, ele foi usado pela maioria dos pilotos para terminar a prova com segurança, diante das 78 voltas que compõem a corrida. Apenas Lance Stroll e Yuki Tsunoda começaram a prova com eles. Para o canadense foi a oportunidade de alongar o seu stint o máximo possível e se aproveitar da parada dos concorrestes para ganhar algumas posições e fechar a corrida em oitavo.

Tsunoda não teve a mesma sorte que Stroll, não largou bem e a AlphaTauri não pode ajudá-lo para escalar o pelotão. O japonês permaneceu por 64 voltas com este pneu.

Valtteri Bottas não completou a prova, a equipe não conseguiu retirar a porca que fixa ela ao carro. O finlandês abandou a corrida. 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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