ColunistasFórmula 1Post

GP da Inglaterra – Estratégias para a Sprint Qualifying e GP da Inglaterra

No GP da Inglaterra a Fórmula 1 testou a Sprint Qualifying, um formato que alterou toda a dinâmica do fim de semana, assim como a utilização dos pneus. As equipes tiveram que realizar na sexta-feira uma classificação no formato Q1, Q2 e Q3 trabalhando apenas com os pneus macios. Para a Sprint Qualifying, assim como para o GP da Inglaterra – disputado no domingo – a escolha de pneus era livre.

Sprint Qualifying

O TL2 deu um norte para as equipes escolherem os pneus para a largada, pois o fomento que eles tiveram para verificar a durabilidade de cada composto. Para a Sprint, muitos apostaram nos pneus médios, por conta da sua durabilidade e aderência. Com as outras provas já foram realizadas em Silverstone, era de conhecimento que os pneus médios dariam conta de resistir a uma prova de 17 voltas.

Mas alguns pilotos foram em uma estratégia diferente, apostando nos pneus macios, como Valtteri Bottas, Fernando Alonso, Esteban Ocon e Kimi Raikkonen. Principalmente para Alonso e Raikkonen, eles tiveram uma performance melhor no início da prova, ganhando posições por conta da reação. Mas no caso do espanhol, ficou claro que nas últimas voltas ele perdeu performance e não conseguia mais resistir aos ataques dos rivais.

Os pneus que foram usados na Sprint Qualifying, prova que não tinha uma parada obrigatória – Foto: reprodução Pirelli

A mecânica de não ter um pneu definido para a largada, coloca todos os pilotos em um pé de igualdade, onde as equipes podem fazer as escolhas combinando o estilo dos seus carros e dos seus pilotos. Foi um ponto positivo para se ver uma classificação Sprint.

GP da Inglaterra

Os pneus escolhidos para a largada antes da interrupção por bandeira vermelha – Foto: reprodução Pirelli

Para a prova disputada no domingo, as equipes também tinham escolha livre para os seus pneus. Todos apostaram em começar com os compostos médios, dando a entender que trabalhariam com uma estratégia de apenas uma parada, algo bem plausível para Silverstone e já foi realizado em outras provas no autódromo. Mas desta vez com a liberdade de não ter que largar com os pneus do Q2.

Sergio Pérez foi o único que trabalhou com uma estratégia diferente, ele largou com os pneus duros, do pit-lane, algo que poderia ajudar na sua permanência na pista e ganhar posições. No entanto, no caso do mexicano não surtiu efeito, infelizmente mesmo com a opção adotada pela Red Bull, ele não conseguiu recuperar muitas posições e ganhar espaço, acabou antecipando a parada e se dirigindo para os boxes na mesma estratégia daqueles que largaram com os pneus médios.

Com o acionamento da bandeira vermelha, provocado pela batida entre Max Verstappen e Lewis Hamilton os pilotos foram para os boxes e tiveram o direito de modificar os seus carros, realizando trocas e apostando em outros pneus. Hamilton venceu a corrida com duas modificações de pneus, ele começou com os médios, mas depois do incidente o seu carro passou por reparos no pit-lane, desta forma a equipe colocou outro jogo de pneus médios usados, desta forma ele permaneceu até a 27ª volta, quando mudou para os pneus duros.

Treze pilotos dos vinte fizeram a mudança de pneus médios, para outro conjunto de médios quando a bandeira vermelha foi acionada.

Os pneus da rodada

Estratégias trabalhadas no GP da Inglaterra – Foto: reprodução Pirelli

C1 (duro – faixa branca): este foi o pneu usado para o final da prova, fornecendo um stint longo e foi crucial para a estratégia daqueles que trabalharam com ‘uma parada’. Vários pilotos passaram das 30 voltas com este composto. Apenas Pérez os teve instalados para o início da corrida.

C2 (médio – faixa amarela): este composto foi escolhido por dezenove dos vinte pilotos para a largada, ajudando no fornecimento de aderência para o começo da corrida, um pouco mais resistente a bolhas do que os pneus macios.

Com a interrupção da prova, alguns pilotos optaram por instalar outro jogo de pneus médios e alongar a sua performance. Tsunoda completou 30 voltas com os pneus médios e terminou na décima posição, conquistando mais um ponto para a AlphaTauri.

C3 (médio – faixa vermelha): com uma durabilidade ruim para altas temperaturas como foram enfrentadas em Silverstone, mas ainda foi usado por Pérez e Pierre Gasly para a parte final da prova. O mexicano roubou a volta mais rápida, desta forma ninguém levou o ponto para casa, enquanto o francês pegou destroços na pista e teve o pneu furado, desta forma precisou de mais uma parada para completar a corrida, tirando ele da zona de pontuação.

Escute o nosso Podcast 

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo