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GP da Hungria – Estratégias zeradas depois da chuva

O GP da Hungria foi extremamente movimentado, a batida provocada por Valtteri Bottas na primeira volta acabou provocando uma reviravolta na corrida. Esteban Ocon venceu a corrida, conquistando a sua primeira vitória na Fórmula 1 e a primeira da Alpine.

Os pilotos fizeram a classificação escolhendo os pneus que gostariam de começar o GP da Hungria. Já teríamos uma dinâmica diferente pois a dupla da Mercedes conseguiu realizar o Q2 com os médios, enquanto a Red Bull precisou optar pelos compostos mais macios da gama.

No entanto, tal qual o GP da Hungria de 2020, uma chuva acabou molhando a pista, instantes antes da prova ter início, desta forma as equipes precisaram começar a corrida com os compostos intermediários, zerando todas as estratégias, além de permitir os pilotos usarem compostos novos.

A colisão que ocorreu no início da prova, acabou provocando uma bandeira vermelha, onde levou todos os carros para o pit-lane e com a demora para o restabelecimento da prova, a pista secou.

Um dos lances mais icônicos foi ver Lewis Hamilton recomeçando a corrida sozinho no grid de largada, enquanto todos os outros pilotos entravam nos boxes para colocar os pneus macios e dar continuidade a prova.

De qualquer forma, Hamilton teria que remar o grid e retornando na última posição ele foi escalando o pelotão até conseguir o terceiro lugar do pódio. Mas não foi fácil para o espanhol realizar ultrapassagens, com o circuito extremamente travado ele teve que lidar com alguns pilotos neste processo que apresentaram resistência, principalmente Fernando Alonso.

Esteban Ocon assumiu a liderança da prova, depois da bandeira vermelha, conseguindo comandar o restante da corrida com as escolhas que a Alpine fez, como a estratégia de apenas uma parada, além de um bom trabalho durante o pit-stop. 

Os pneus da rodada – o último embate antes das férias

Intermediários (Faixa Verde): o composto foi usado no começo da corrida para que os pilotos tivessem mais aderência justamente por conta das condições climáticas daquele começo. Mas eles acabaram zerando as estratégias para as equipes, colocando todo mundo em pé de igualdade;

C2 (Duro – Faixa Branca): os pneus duros foram essenciais para a parte final da corrida, assim como ele foi usado nos últimos anos. Por conta da sua durabilidade e resistência, alguns pilotos como George Russell e Daniel Ricciardo completaram 49 voltas com este pneu;

C3 (Médio – Faixa Amarela): o pneu médio também participou das estratégias, afinal foi o composto utilizado pós-intermediários. Fornecendo mais aderência e um stint mais longo até a troca para os pneus médios. Sem a necessidade de seguir a regra de utilização de dois tipos de compostos, foi o escolhido para os catorze carros que restaram no grid.

Antonio Giovinazzi foi o primeiro piloto que apostou nos pneus slick, logo após a volta de formação. Mas teve que usar os intermediários depois, pois naquele início a pista ainda não estava seca – mesmo com os pilotos completando apenas três voltas;

C4 (Macios – Faixa Vermelha): Pierre Gasly e Kimi Raikkonen da Alfa Romeo foram os únicos pilotos que usaram este pneu. O piloto da Alfa Romeo instalou os compostos para a parte final da corrida, enquanto o piloto da AlphaTauri trabalhou com este pneu para obter a volta rápida com ele;

Estratégias da rodada

As estratégias que as equipes adotaram para a realização do GP da Hungria – Foto: reprodução Pirelli

“Mesmo antes do início da corrida era difícil fazer qualquer previsão, por isso a corrida começou como um passo para o desconhecido, com os pilotos sem referência para as condições que enfrentaram. A quantidade de água significava que os intermediários eram a escolha certa para começar a corrida, mas com a pista secando rapidamente após o atraso da bandeira vermelha, ela efetivamente se tornou uma corrida seca com a reinicialização. Se considerarmos isso apenas como a corrida ‘real’, alguns pilotos selecionaram a estratégia de uma parada, enquanto outros como Hamilton e Verstappen – que estavam ficando sem posição devido às circunstâncias incomuns da corrida – foram para um stint de duas paradas”, disse Mario Isola, chefe da Pirelli na Fórmula 1.

Agora a Fórmula 1 realiza uma breve pausa no calendário, retornando entre os dias 27 e 29 de agosto, para a realização do GP da Bélgica.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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