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Girls On Track e as engenheiras da Fórmula E

Foto: Delphine Biscaye – Venturi 

No dia 23 de junho comemorou-se o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia, a data foi instituída em 2014 pela Women’s Engineering Society (WES), no Reino Unido. O campo da engenharia ainda é majoritariamente ocupado por homens, por isso a data tem como objetivo fortalecer o espaço que vem sendo conquistado pelas mulheres nessa área.

Em 2020, a organização está completando 100 anos e, escolheu o dia 23 de junho para premiar 50 trabalhos de engenheiras ligados à sustentabilidade. O evento online contou com o apoio da equipe Virgin, a CEO da WES, Elizabeth Donelly, demonstrou seu agradecimento ao time por perceber que mesmo no esporte a motor é possível ver que carros não precisam fazer afetar o meio ambiente. Ela acredita que os engenheiros estarão no centro das soluções da causa climática e disse ser fantástico que mulheres atuem no automobilismo como engenheiras e pilotas, pois a diversidade é algo que agrega valor às equipes.

A Virgin apresentou também algumas engenheiras de seus parceiros comerciais que possuem atividades diretamente relacionadas com a equipe, além de Serena Potts, mestranda em Engenharia Motoresportiva Avançada pela Universidade de Cranfield.

Serena Potts (Foto: Inked Hand Images Motorsport Photography)

Serena fez faculdade no Canadá de Engenharia de Materiais e só no final o curso se interessou pela área esportiva. Durante as corridas, ela trabalha no escritório da equipe em Silverstone. 

Dentro da Fórmula E, outras equipes celebraram a data especial apresentando suas engenheiras para o público. 

A Jaguar mostrou Cristina e Danielle, da Fórmula E e da IPACE eTROPHY respectivamente.

A Venturi contou a história de Delphine Biscaye, engenheira mecânica que é a atual Team Manager da equipe, mas que já trabalhou na Fórmula 1 pela Williams. Ela entrou na Venturi na área de logística e viagem e foi promovida ao cargo que ocupa hoje quase dois anos depois. No escritório, Delphine trabalha diretamente com Susie Wolff, a diretora da Venturi, checando orçamentos e planejando as corridas. Já durante as provas, ela é mais responsável pelo lado esportivo, é ela quem mantém contato com as outras equipes, fiscais e FIA. Se algum de seus pilotos for punido, é ela quem representa a equipe. 

Delphine Biscaye (Foto: divulgação Rokit Venturi Racing)

A quantidade de mulheres no esporte a motor é sabidamente baixa, por isso Fórmula E apoia desde de 2019 o Girls on Track, em parceria com o Dare to be Different, ambos capitaneados por Susie Wolff. O objetivo é promover a igualdade de gênero nas competições e aumentar a participação feminina em diversos papéis – engenharia, imprensa, pilotagem. O projeto é voltado para meninas de 8 a 10 anos.

A primeira edição no Girls on Track foi no ePrix do México de 2019. De lá para cá, foram realizadas edições em Berlim no ano passado, Diriyah e Santiago – as duas últimas cidades já na temporada 2019/20. O projeto seria levado para outros ePrix, mas não deve voltar esse ano por causa da limitação de pessoal para a conclusão da temporada em Berlim.

Girls on Track e Felipe Massa – Foto: venturi

Nos eventos as meninas participam de atividades que envolvem ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Elas também têm contato direto com jornalistas para aprenderem como escrever notícias sobre as corridas e como agir em frente às câmeras. A melhor parte é que elas também vão para as pistas. Após passarem por um simulador com auxílio de um guia, cada uma tem a oportunidade de dar voltas de kart e marcar tempos – quem sabe assim elas se empolgam e conseguem engrenar na carreira de piloto?

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