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FIA reforça regras e aumenta fiscalização de joias e roupas íntimas na F1

Logo após o início do campeonato, o novo diretor de prova, Niels Wittich têm batido na tecla sobre o uso de piercings e joias durante os eventos. Os times já foram notificados anteriormente, reforçando a proibição do uso de joias durante o evento. A FIA realizou mais uma notificação em Miami, também abordando as peças íntimas usadas pelos pilotos, pedido aos times que realizem as fiscalizações necessárias para a própria segurança dos pilotos.

O uso de joias e a descrição sobre a vestimenta adequada estão presentes no Código Esportivo Internacional. No GP da Austrália Wittich já tinha lembrado os pilotos sobre a proibição que veta o uso de joias enquanto os competidores estão no carro. Alguns pilotos até falaram sobre o assunto, informando que em algumas partes do corpo era impossível fazer as remoções dessas peças.

Durante o briefing que é realizado com os pilotos antes do início do evento, a questão também foi discutida novamente. Também reforçaram que as roupas íntimas, além do uso das luvas, meia e balaclavas devem ser homologadas pela FIA. Tudo precisa ser antichama. Mesmo que incêndios não aconteçam mais como antigamente por conta de todas as normas que já foram implementadas aumentando a segurança do esporte, temos na memória o acidente de Romain Grosjean ao final de 2020 para lembrar que coisas assim podem acontecer.

Brincos, correntes, piercings não podem estar pelo corpo quando os pilotos estiverem no carro – Foto: reprodução

Na Austrália a FIA estabeleceu um novo protocolo, dando o prazo de duas provas para que os times se adequassem. As equipes têm um modelo de formulário que é encaminhado para a FIA antes do início das atividades do fim de semana, nele é confirmado que todas as inspeções em seus carros foram realizadas e garantem que estão em conformidade com o regulamento; os itens sobre o ‘uso de joias’ e ‘roupas íntimas compatíveis’ também foram incluídos ao formulário. A FIA pode realizar inspeções durante o evento.

A regra da roupa íntima adequada já está presente nos regulamentos tem muito tempo, mas a FIA foi deixando-a cada vez mais rígida e clara nas últimas temporadas. Em 2019 começaram a abordar que nenhum material sintético que não for antichamas pode ser usado.

“Em caso de razões médicas justificadas, roupas íntimas não aprovadas pela FIA podem ser usadas entre a pele do piloto e a roupa obrigatória aprovada pela FIA. No entanto, não é autorizada a utilização de materiais sintéticos que não são anti-fogo em contato com a pele do piloto”, como aponta o regulamento.

Todas as roupas usadas pelos pilotos durante a prova precisam ser anti-chamas – Foto: reprodução Ferrari

Sobre as joias o regulamento diz: “É proibido o uso de joias na forma de piercing ou correntes de metal no pescoço durante a competição, portanto pode ser verificado antes da largada.”

Para alguns pode parecer uma grande bobagem, mas Wittich reforça que isso é necessário para garantir que todos os outros equipamentos aprovados pela FIA possam “operar de forma eficaz e fornecer o maior nível de proteção”.

Obviamente as camadas superiores aumentam o nível de segurança, mas sobre o uso desses materiais sintéticos, eles podem derreter, dificultando o tratamento em caso de uma queimadura. Além disso, as joias podem até mesmo danificar a proteção dessas peças que são usadas ou aumentar o nível de transmissão de calor, elevando o risco de queimaduras.

Pequenos objetos podem se tornar projéteis durante um acidente, pois geralmente quando os pilotos perdem o controle dos seus carros, os impactos são grandes. “O uso de joias durante a competição pode dificultar tanto as intervenções médicas, quanto o diagnóstico e tratamento subsequentes, caso seja necessário após um acidente”, informa Wittich no comunicado.

“No caso em que um exame de imagem é necessário para dar o diagnóstico após um acidente, a presença de joias no corpo pode causar complicações e atrasos significativos. Na pior das hipóteses, a presença de joias pode causar mais danos.”

“Joias dentro/ou ao redor das vias aéreas podem representar riscos adicionais específicos caso sejam deslocados durante um acidente, sendo ingeridas ou inaladas”.

A FIA está notificando e cabe aos times e seus pilotos seguirem o regulamento, pois essa é a forma de realizar uma prevenção. Os pilotos andam carros extremamente velozes, em circuitos que algumas vezes são estreitos que abrem margem para acidentes.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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