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A equipe austríaca tenta colocar os seus dois pilotos na briga pelo título ainda nesta temporada

Quando o regulamento da Fórmula 1 mudou para o ano de 2017, fazendo com que as equipes tivessem a possibilidade de desenvolver mais a aerodinâmica dos seus carros, o nome da Red Bull foi logo lembrado, visto que na mudança que ocorreu de 2008 para 2009, trouxe muitos ganhos para a equipe. A Red Bull não se encontrava em uma fase muito boa no começo de 2016, mas ao longo do ano o seu desenvolvido havia crescido bastante. A expectativa estava em ver a equipe, unida com Adrian Newey, conseguindo brigar de igual para igual, mesmo nesse início de temporada, porém a história é outra e a equipe, até consegue abocanhar algumas lascas aqui e ali, porém não está pronta para voltar a assumir a ponta. 

Os problemas enfrentados pela Red Bull, não estão nas mãos de um culpado, mas alguns dos desenvolvimentos se mostram muito atrás dos obtidos pela Mercedes e Ferrari. A unidade motriz da Renault não é perfeita, e nos testes de pré-temporada alguns problemas acabaram surgindo, bem como nos testes que também foram realizados no Bahrein. O fator ”surpresa” nem mesmo a equipe podia prever, sendo o crescimento este ano da Ferrari, que conseguiu travar uma briga pelo título. 

Grandes mudanças não estão previstas para o Grande Prêmio da Rússia. E levando em consideração que a Pirelli vai levar os seguintes compostos ultramacios, supermacios e macios, para Sochi, já que o desgaste dos pneus não é tão abrasivo, a Mercedes deve se dar bem no circuito, esse é o grande problema que a equipe vem enfrentando e tentou resolver ainda nos testes realizados no Bahrein. A Ferrari deve administrar de forma mais fácil a escolha para os pneus ideias, em teoria tendo uma corrida mais agradável. A situação da Red Bull permaneceria estável durante essa corrida, mantendo uma disputa interna e podendo fazer uso de circunstâncias que não podemos prever, como quebra de algum dos ”carros grandes”, uma colisão ou uma entrada de Safety Car.

Fonte: Divulgação

A Red Bull tem um chassi que consegue gerar menos pressão aerodinâmica já a sua unidade motriz, está a pelo menos 30 cavalos de potência atrás dos carros da Mercedes e Ferrari. O chassi da equipe deve mudar já na Espanha, enquanto o novo motor, está cotado pela Renault para ser entregue no Canadá. A equipe é especialista em buscar os pontos ”perdidos” e pode ser capaz de entrar na briga, talvez não disputando o campeonato, mas conseguindo bagunçar o pelotão da frente. Caso as mudanças ocorram até o Canadá a equipe teria mais 13 Grandes Prêmios para correr atrás. 

Horner também vem lutando com a direção de prova para analisar melhor os componentes do carro da Ferrari, que mesmo estando dentro do regulamento, parecem dar uma potência fora da média para o carro. Pedido para Whiting verificar a flexibilidade do aerofólio dianteiro e a porção traseira do assoalho do SF70H. Outra coisa que o diretor da RBB está de olho é no T-wing (o pequeno aerofólio em forma de T, instalado atrás da tomada de ar), já que a peça acabou se soltando do carro de Bottas no Bahrein, tentando mostrar que ele é mais perigoso do que útil, pois quando ele quebrou, passou por baixo do assoalho do carro de Verstappen e acabou danificando o mesmo. O projeto do RB13 não prevê o uso do T-wing e sua proibição, poderia favorecer a equipe. Para os times que fazem uso, ele se mostra importante para a direção do ar, para o aerofólio traseiro, ajudando na capacidade de gerar pressão aerodinâmica. 

Mais uma briga travada por Marko é a proibição da suspensão dianteira hidráulica, utilizada pela equipe em 2016 e que fora proibida, para essa temporada, logo depois de um questionamento de Simone Resta da Ferrari, sobre a sua legalidade, travando uma disputa sobre ”poder” entre Ferrari Vs. Red Bull. O que resta mesmo é aguardar as mudanças previstas para o GP da Espanha e seus subsequentes e apostar nos dois bons pilotos que a equipe tem, Daniel Ricciardo e Max Verstappen ainda podem fazer a diferença.

 

O texto foi redigido com base no texto de Livio Oricchio: RBR contra-ataca: equipe austríaca quer colocar Max e Ricciardo na briga pela ponta.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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