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Encerramento controverso em Diriyah é explicado por Elkins

No último fim de semana tivemos contato com o novo regulamento da Fórmula E, ainda na sexta-feira a direção de prova testou o tempo adicional de prova depois do Safety Car provocado pelo abandono de Oliver Rowland. No entanto, no sábado após o acidente de Alexander Sims a corrida não conseguiu ser reestabelecida.

Infelizmente não tivemos muitos detalhes pós-corrida, sempre que uma prova termina em Safety Car fica aquele anticlímax e alguns detalhes são debatidos. A prova da Fórmula E conta com 45 minutos mais uma volta, isso não foi alterado pelo regulamento vigente em 2022. Entretanto, agora a competição lida com um acréscimo de tempo, retirando o débito de energia depois da situação que ocorreu durante o ePrix de Valência da temporada 2020/21.

A nova regra aponta que 45 segundo serão adicionados a cada minuto que o Safety Car ou Full Course Yellow (bandeira amarela por todo o circuito) for utilizado para neutralizar a corrida. Chegaram neste cálculo e acordo para o público ter mais ação na pista.

No sábado cerca de dez minutos de corrida foram comprometidos pela batida de Alexander Sims, o Safety Car entrou em pista para que fosse possível realizar a remoção do carro do piloto da Mahindra. Como a neutralização da prova aconteceu antes dos 40 minutos, deveríamos ter um pouco mais de corrida depois que o serviço na pista fosse realizado, pois a regra também menciona que será disponibilizado um tempo adicional se a neutralização ocorrer antes dos 40 minutos.

Para a 8ª temporada a Fórmula E implementou um novo regulamento – Foto: reprodução Fórmula E

O diretor de corrida, Scot Elkins conversou com o site The Race depois deste final que não agradou: “apenas uma combinação de circunstâncias, deveria ter ocorrido um reestabelecimento em quatro minutos, mas levou 10 e não era isso que prevíamos.”

A batida de Sims ocorreu na curva 6, primeiramente a atitude foi colocar aquele trecho em sinalização de bandeira dupla amarela, antes que o Safety Car fosse acionado quando restavam 8m27s de tempo de prova. O ponto era de difícil acesso, portanto a remoção do carro não seria tão fácil. A equipe de pista precisou fazer o uso do trator para içar o carro da Mahindra.

Elkins tinha a intenção de reestabelecer a corrida, afinal estava acontecendo uma grande disputa pela liderança da prova quando a prova foi neutralizada. Depois que o pelotão passou pelo acidente, o Safety Car foi chamado para a pista, para que o processo para a retomada da prova tivesse início.

“Vamos ser sinceros, é uma recuperação que deve levar cerca de quatro minutos por causa da localização onde o carro estava, onde estava a abertura lateral para retirada. Infelizmente não tivemos a resposta que queríamos”, disse Elkins.

Circuitos de rua tem aberturas para facilitar a remoção dos carros, no acidente de Sims era esperado que o trator pegasse o carro e saísse com ele no próximo ponto que tem uma abertura no muro de contenção, mas o pessoal que trabalha na pista não conseguiu fazer esse trabalho no tempo esperado. Nem sempre as pessoas que fazem esse serviço de remoção são capacitadas, mesmo passando por treinos, alguns países ainda estão apreendendo a lidar com esses eventos. Os fiscais de pista foram fornecidos pela Federação de Automobilismo da Arábia Saudita, alguns deles trabalharam durante a prova da F1 em Jeddah.

“Nosso objetivo é sempre voltar à bandeira verde e tentar finalizar a prova. Infelizmente não fomos capazes diante das dificuldades que tivemos ao manipular o trator hoje. Às vezes não sai da forma que você espera. Isso foi o que aconteceu nesta noite.”

Os pilotos receberam uma sinalização informando que o Safety Car deixaria a pista naquela volta, com o cronômetro já zerado, mas eles permaneceram em ritmo lento, pois a saída do Safety Car foi apenas para que os pilotos recebessem a bandeirada.

Lucas di Grassi que foi ao pódio no sábado, falou durante a coletiva de imprensa que não existia um motivo para a prova não ser reestabelecida. “Acho que não há razão para que os últimos cinco minutos não tenham uma prorrogação”, disse o piloto da Venturi.

“É apenas uma questão de calcular o quanto você precisa estender a corrida para que ninguém fique sem energia, ninguém mantenha a mesma quantidade de energia, isso é fácil de calcular e depois você pode estender, se for necessário.”

A realidade é que este foi o primeiro final de semana em que a Fórmula E esteve sob regência das novas regras. O público espera que esse problema não volte a afetar a categoria e que o cumprimento das regras seja seguido.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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