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Tal Pai, Tal Filho

Dia 05 de 365 dias dos mais importantes do Automobilismo – 26 de maio de 2013 – Tal Pai, Tal Filho

O GP de Mônaco, para a patrulha da corrida chata alguns é considerado o GP mais Chato/monótono/sem graça do calendário da Fórmula 1. Para outros, como eu, é um sonho assistir a corrida nas arquibancadas do principado.

| CONTEXTUALIZANDO:

Além de todo o Glamour de Mônaco, sempre rola muita confusão: Circuito de rua, pista estreita, gente se encostando mais do que metrô de São Paulo as 18 horas e ultrapassagens, quando acontecem, lindas.

Em 2013 não foi diferente, se eu precisasse resumir a corrida em um sentimento, seria:

Fonte: @MauriciodeSousa

Começando dos treinos, onde uma GALERA errou: Kimi Raikkonen e Vergne na curva 4, Rosberg na curva 7, Hamilton na curva 8, e o mais trágico, Felipe Massa bateu forte na curva 1, ficando de fora do Quali.

Falando em Quali, Jules Bianchi e Massa não marcaram tempo, e Van der Garde colocou a Carterham no Q2. Para completar a zona, a Mercedes ficou na Primeira fila.

Hoje, raridade é a Mercedes fora da primeira fila, mas em 2013 não era assim. Aliás, quem era a Mercedes na fila do pão em 2013?

Bem…

Fonte: Wikipédia

A Mercedes era a Force Índia do Rolê. Apenas para relembrar, 2013 foi o último ano do V8, a RBR vinha dominando desde 2010, seguida pela Ferrari e pela Lotus – Renault. Analisar o contexto dos construtores, de 2013 é pensar que está a 10 anos atrás, quando na verdade só fazem 4 anos que tudo isso mudou.

| A CORRIDA

A largada foi “tranquila” exceto pelo clássico Maldonado se enroscando nas duas Carterham, Maldonado fazendo Maldonisse ™. As Mercedes, mesmo com ritmo inferior a RBR, seguraram a liderança, e o Vettel era o Verstappen da época: Enchendo o saco do Hamilton em segundo para passar. Hamilton já mostrava o potencial comprovado em Abu Dhabi 2016: ser a senhora lerda na calçada enquanto você está atrasado.

Por um milagre, nesta corrida tiveram problemas técnicos nos carros, apenas Jules Bianchi, que largou do Box, Charles Pic, que teve uma falha de motor e acabou voltando para o Motor Home na nona volta e Perez, que cinco voltas antes do final abandonou por problemas de freio.

Perez é um tópico importantes nesta corrida. O mexicano parecia estar endiabrado, e queria causar na vida de todo mundo. Na volta 42, estava forçando Button de forma agressiva, causando uma reclamação de Button no rádio.

Duas voltas depois, Alonso teve que cortar a chicane para “fugir” de Perez e evitar um acidente. Como Perez estava sem limites, na volta 54 se enroscou com Raikkonen NO MESMO LUGAR, e os dois cortaram a chicane, e Raikkonen disse um de seus clássicos Rádios: “Esse idiota tentou acabar com a minha corrida, quero bater nele depois da prova” MAS NÃO FOI SÓ ISSO… na volta 70, Perez foi para cima de Raikkonen novamente, e acabou encontrando o muro e tendo um pequeno dano na asa dianteira e furando o Pneu de Raikkonen.

Enquanto toda essa saga de Perez acontecia, as Mercedes melhoraram o ritmo e se distanciaram das Red Bull. Na volta 29, Massa repetiu o encontro com o muro do FP3 e ocasionou a primeira bandeira amarela do dia, devido a um problema na suspensão dianteira, mas não se machucou muito.

Com a entrada do Safety Car, a Mercedes teve que fazer a estratégia funcionar, pois Webber e Vettel já haviam parado. Hamilton e Rosberg fizeram seus pits na mesma volta, Hamilton diminuiu o ritmo, sendo ultrapassado por Webber e Vettel e caindo para 4º, enquanto Rosberg manteve a liderança. Na volta 45, Maldonado veio consagrar o fim de semana: ficou lado a lado com Max Chilton, danificando a asa dianteira de Jules Bianchi, que estava no lugar errado na hora errada, e ainda encontrou o seu BFF, o muro, tirando a proteção e quase bloqueando a pista, ocasionando uma bandeira vermelha.

Após a bandeira vermelha, Hamilton tinha um bom ritmo, e foi a vez de Webber ser a senhora lerda e prendê-lo para que não chegassem em Vettel.

(Enquanto isso, Rosberg continuava liderando…)

Na volta 62, foi a vez de Groselha (Romain Grosjean) entrar na traseira de Daniel Ricciardo, ficando com a asa traseira do australiano e causando outra bandeira amarela. Depois da bandeira amarela, Raikkonen teve seu pneu furado por Perez, e caiu de 5º para 16º sexto. Sua missão neste momento era fazer 6 ultrapassagens e pontuar, e esta missão foi concluída ultrapassando Nico Hulkenberg e ficando com o décimo lugar, pontuando para manter a sequência que vinha.

Em 2013 a Mercedes não era nem de longe o melhor carro, e Nico Rosberg estava em décimo no campeonato de pilotos. Mesmo sem o melhor carro, já mostrava sua resiliência, seu ritmo de corrida e principalmente sua performance, uma vez que uma Mercedes vencer uma Red Bull era inédito.

Nico Rosberg, 30 anos depois de seu pai, venceu o GP do principado de Mônaco em 26 de maio de 2013.

Fonte: Rrevista Warm UP
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