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Como as 4 zonas de DRS impactarão no GP da Austrália

Este final de semana será o primeiro da Fórmula 1 com quatro zonas de DRS, tudo para aumentar o número de ultrapassagens no circuito – que é conhecido por ser travado – apesar das recentes mudanças que tiveram o mesmo objetivo.

Além da adição das zonas de DRS na reta de chegada até a curva 3, dispositivo poderá ser aberto nas curvas 11 (anteriormente 13) que fora introduzida em 2018 com o objetivo de Albert Park ter três zonas de DRS, com a quarta sendo agora adicionada aos rápidos trechos 9-10.

Isso percorre a parte modificada do circuito, com a antiga sequência direita/esquerda da curva 8-9 removida para criar uma situação de pé embaixo na saída da curva 6-7 até a curva 9.

Esta situação nos leva a questionar se as ultrapassagens serão muito fáceis na corrida deste fim de semana após os dois primeiros GPs da temporada, ambos com Max Verstappen e Charles Leclerc envolvidos em uma batalha decisiva que exigia o uso estratégico das zonas DRS.

Existem algumas razões pelas quais foi introduzida essa quarta sessão de DRS o que me parece não necessariamente promover esse tipo de batalha.

A primeira delas é que Melbourne não é um circuito com histórico de números significativos de ultrapassagens. Na verdade, é um dos circuitos mais difíceis de passar.

De acordo com dados da Fórmula 1, a última corrida em Albert Park em 2019 teve apenas 10 ultrapassagens – três ‘normais’ e sete utilizando o DRS. As últimas edições viram apenas 5 ultrapassagens, uma normal e quarto com DRS.

O número de ultrapassagens no Albert Park não era alta, portanto realizaram uma reforma no circuito e adicionaram mais uma zona de DRS – Foto: reprodução F1

Em segundo lugar, a configuração da pista não ajuda na aproximação dos carros. Embora existam dois pares de zonas, não há ponto de detecção DRS dividindo-os. Portanto, se um movimento for concluído usando o DRS na primeira zona, o piloto ultrapassado não poderá se beneficiar do DRS para atacar na zona seguinte.

Essa foi uma das características das batalhas pela liderança no Bahrein e na Arábia Saudita. No Bahrein, havia zonas de detecção separadas para a zona DRS na reta de largada/chegada e para a corrida até a Curva 4. Isso significava que um piloto que estivesse se aproximando da curva 14 receberia o DRS, mas se estivesse à frente na curva 1, com a próxima zona de detecção localizada logo antes da curva, ficaria vulnerável na chegada para a curva 4.

No circuito de Jeddah, havia uma zona DRS logo antes da curva 22 para a zona DRS indo até a última curva. Houve então uma nova zona de detecção pouco antes da curva 27, o que significava que o piloto que estava atrás na última curva poderia atacar usando o DRS na corrida para a curva 1.

Em ambos os casos, houve uma vantagem ao piloto que atingiu as zonas de detecção estrategicamente. A vitória de Leclerc no Bahrein e a de Verstappen na Arábia Saudita foram em parte construídas sobre isso.

Diferentemente está Melbourne. Além disso, a história nos diz que, mesmo usando o DRS, ultrapassagens na reta de partida/chegada são muito raros, exceto quando há uma diferença significativa de desempenho. Geralmente, a zona DRS na corrida para a curva 1 é usada para se aproximar do carro à frente para lançar um ataque através da próxima zona DRS e na curva 3.

É mais difícil prever como as outras zonas funcionarão juntas, já que a pista mudou. Mas qualquer um que use o DRS na curva 9-10 precisará estar claramente à frente na curva, dada a sua rapidez.

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