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Café com Deborah – O que foi visto na Rússia

O GP da Rússia não é o mais empolgante do calendário, mas ainda assim é uma prova que gera expectativas, principalmente sobre quanto tempo ainda o reinado da Mercedes vai ser mantido em solo russo.

Muito provavelmente só vão ser derrotados quando a sorte for perdida ou quando os adversários aprenderem a traçar melhores estratégias. Acredito que a vitória da equipe alemã, começou a se desenhar ainda no sábado, quando optaram largar com os pneus médios em um circuito que não costuma degradar a goma rapidamente e desta forma já davam indícios de que a sua parada, seria realizada após a dos adversários, aumentando a probabilidade de assumir a ponta se algum incidente ocorresse.

No quintal vizinho, mais precisamente no da Ferrari, a briga interna poderia ser a responsável pelo fato, mas este não foi o caso, pois voltas depois da largada, vinha a público que a liderança de Sebastian Vettel no circuito fora uma armação do time italiano, traçado para vencer as Mercedes.

Como de praxe, as paradas nos boxes tiveram início e logo a Ferrari optou por parar Charles Leclerc, para devolver-lhe a ponta. A estratégia funcionou em partes, pois o monegasco conseguiu ser devolvido a frente do companheiro de equipe, o que não dava para prever, era o abandono de Vettel na volta 28, que tiraria a chance do time italiano de vencer a prova.

A Mercedes por sua vez, pensou rápido, parou os dois pilotos e dificultou a estratégia da Ferrari, que havia perdido ali a liderança da prova. Não muito distante, os italianos resolveram optar por mais uma parada, devolvendo Leclerc ‘’em pé de igualdade’’ quando colocou os pneus macios. Mas uma vez a mudança não funcionou e assim eles perderam o segundo lugar.

A sorte trabalhou a favor de Hamilton e Bottas e assim eles marcaram o 1-2. Leclerc perdeu um pouco de terreno na disputa pela segunda posição e claro que o terceiro lugar não está assegurado, pois a Red Bull ainda está batalhando por ele.

Além disso o time austríaco pode deter mais duas posições no campeonato de pilotos, pois Alexander Albon que vem fazendo boas corridas, ocupando a oitava posição, atrás de Carlos Sainz da McLaren e Pierre Gasly da Toro Rosso. O tailandês marcou pontos em todas as quatro corridas realizas após o retorno da categoria, pós férias. O que deixa a disputa do piloto da Red Bull interessante, é o fato de Sainz não ter pontuado em Bélgica, Itália e Singapura e quando chegou a zona de pontuação, terminou atrás de Albon.

Ainda que o campeonato pareça definido, várias posições, contando com o segundo colocado ainda podem ser revistas ainda pelas cinco provas que restam para o término da temporada de 2019. A McLaren busca vencer a Renault nos construtores, mas para isso o time francês precisa fazer a sua parte, colocando os dois pilotos na zona de pontuação. Racing Point também ameaça diretamente o sexto lugar da Toro Rosso e no seu caso é necessário administrar os altos e baixos.

Por outro lado a Alfa Romeo e a Haas, tem uma disputa modesta com as outras, mas ainda assim estão em embate direito e o que vale ressaltar é que na corrida na Rússia Kevin Magnussen anotou mais um ponto, enquanto os dois carros do time italiano estavam passando por maus momentos em pista.

A Fórmula 1 retorna para o GP do Japão, ainda cheio de surpresas e com o clima quente entre alguns companheiros de equipe, podemos esperar boas disputas.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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