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Café com Deborah: O que foi visto na China

Certamente o destaque positivo do GP da China, esteve na capacidade de Lewis Hamilton identificar o problema que estava tendo com o carro e de conseguir se adaptar a sua máquina para brilhar no domingo. Em uma corrida que não parecia ser o mesmo piloto, por conta de toda as adversidades vividas durante o final de semana, no entanto ainda era aquele pentacampeão mundial que nós vemos todo o final de semana buscando quebrar algum recorde diferente.
lll Ferrari
Na Ferrari as coisas mudaram de figura. Existia a tensão para saber se Charles Leclerc daria o troco, por conta do Grande Prêmio do Bahrein, mas na sexta-feira a escuderia italiana liderou apenas a primeira sessão e no teste mais importante, ficou atrás das Mercedes. Não dando muita pinta que corresponderia as expectativas de quinze dias atrás.
Durante o sábado a equipe italiana foi colocada no posto de segunda colocada. Leclerc largou atrás de Sebastian Vettel, roubou a terceira posição e depois vinharam os rádios que colocariam Leclerc fora da disputa. A Ferrari mostrou a sua prioridade na equipe mais uma vez, assim como na Austrália. Talvez na tentativa de terminarem com os dois carros, optaram por uma estratégia radical, até para não terem que lidar com um conflito interno na pista.
O complicado deste conflito é que as equipes ”ponteiras” passaram a se preocupar com Max Verstappen que estava vindo atrás e não era mais o trabalho da frente que contava. A Red Bull na sua quarta posição fez os grandes olharem para eles e reagirem as suas escolhas.
lll Haas
A Haas se classificou bem, foi para o Q3 com os seus dois carros, mas se quer terminou na zona de pontuação. O diretor da equipe, Guenther Steiner, atrela a dificuldade de resultados com o carro, aos pneus que não gerou o aquecimento necessário e é algo que precisa de mais atenção para o Baku, pois Romain Grosjean já provou em volta de Safety Car, em 2018 que estar com os compostos aquecidos é essencial para estar corrida.
lll Alfa Romeo
A Alfa Romeo, também de motores Ferrari, sentiu dificuldade por todo o final de semana. Frederic Vasseur chefe de equipe, disse que no TL1, o motor de Antonio Giovinazzi foi instalado incorretamente e por isso o italiano foi forçado a ficar nos boxes. Foi necessário retirar o motor e instalá-lo novamente, não foi um problema com o piloto como muitos apontaram na internet.
Durante a classificação, Kimi Raikkonen não conseguiu chegar aos boxes, o finlandês reclamou de uma falta de potência na unidade motriz, mas o carro acabou se comportando bem na corrida. Tanto o finlandês quanto a equipe sabem que a velocidade não é um problema para o C38 e que neste momento precisam focar na classificação para terem no domingo disputas mais acirradas e possibilidades para lutar por posições mais à frente. A ideia neste momento é avançar com os dois pilotos para o Q3 e resolver problemas que já foram identificados.
lll Renault
A falha no MGU-K, fez com que Nico Hukenberg não terminasse a corrida na China. O alemão, Daniel Ricciardo e Lando Norris receberam a atualização da peça para a prova deste final de semana, já Carlos Sainz estava correndo com ela desde o Grande Prêmio do Bahrein, por conta do abandono na Austrália. Falamos sobre o problema crônico enfrentado pela Renault no BPCast #23 e #26, não deixem de escutar esse conteúdo extra.
Não existia ”previsões” para quebras durante essa corrida e que novos problemas só deveriam aparecer mais para a frente conforme a utilização do motor. A equipe francesa busca uma melhora e se aproximar das atuais equipes de ponta. O sétimo lugar obtido pelo australiano foi uma boa marca, mas em Barcelona e no início da temporada a expectativa era conseguir se manter na zona de pontuação com os dois carros.
lll McLaren
Como disse Gil de Ferran depois do Grande Prêmio da China, “as corridas podem ser muito cruéis às vezes e hoje foram”.
Lando Norris e Carlos Sainz tiveram o azar de se encontrarem com Daniil Kvyat da Toro Rosso, o que trouxe prejuízo para os dois pilotos, que logo na primeira volta precisaram seguir para os boxes e realizar a troca da asa dianteira.
O circuito chinês não favorecia o carro da McLaren desse ano, mas serviria de coleta de dados para as provas futuras que exigem da parte dianteira do carro.
A corrida em Baku está logo aí, para fornecer fortes emoções nas suas ruas estreitas. Não deixem de acompanhar as novidades nos canais do Boletim do Paddock, Twitter Facebook, Instagram e site.

 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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