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Café com a Deborah – O que foi visto no GP da Inglaterra

Chegamos a praticamente metade da temporada, onde dez corridas das 21 presentes no calendário já foram realizadas. Durante o início nós falamos da grande proximidade do pelotão intermediário, composto pela quarta força até a nona, não é atoa que as disputas continuam.

Na frente, a Mercedes abriu uma grande vantagem para para o segundo colocado, são 164 pontos que separam a equipe alemã da Ferrari. Enquanto isso a Red Bull ainda lida com o seu crescimento, só que andando mais próxima da Ferrari do que da McLaren, atual quarta colocada no campeonato de construtores.

Antes da pausa para as férias (duas provas restantes), vamos abordar um pouco sobre algumas equipes, após o Grande Prêmio da Inglaterra.

lll Red Bull

Quando falamos em crescimento, acredito que a equipe Austríaca é a que vem a mente de muita gente como sinônimo de crescimento e após as férias da categoria, ela costuma deslanchar. Isso pode trazer mais fogo para a competição, quando vemos que a RBR e a Ferrari, estão separadas por cerca de duas vítorias (52 pontos), no campeonato de construtores.

Neste final de semana o destaque fica por conta de Pierre Gasly, o piloto foi bem em todas as sessões de trinos livre e ainda chegou a lidar o TL1 na manhã da sexta-feira (12). O acerto do carro mudou e talvez esse seja o motivo para que ele tenha se encontrado em Silverstone.

O momento mais complicado foi a largada, quando o francês perdeu espaço para o Sebastian Vettel e caiu para a sexta posição, mas ele foi buscar e o trenzinho se formou.

A prova esteve bem disputada, Max Verstappen também merece destaque pelo crescimento em tão curto espaço de tempo. O holandês junto com Charles Leclerc protagonizaram grandes manobras no circuito. Desta forma, após o resultado obtido em Silverstone, Max ampliou a vantagem para Vettel em 13 pontos.

Ao final da prova Christian Horner admitiu que não sabia como Max foi até o final, pois o carro estava bem avariado com a colisão.

lll Mercedes

Saíram com mais uma dobradinha, mas acredito que essa foi a que menos incomodou quem estava assistindo, principalmente pela boa disputa que os dois protagonizaram. Dentro da busca por melhorar o seu desempenho, Bottas mostrou uma dureza em Silverstone, onde não entregou os pontos para o inglês. Foi ruim a entrada do Safety Car para ele, principalmente que pouco antes a equipe havia trocado os seus pneus, por um novo jogo de compostos médios, anunciando uma segunda parada nos boxes.

O carro de segurança mudou a ordem dos dois, pois Hamilton pode instalar os pneus duros e seguir até o final da prova, desta forma se tornando o líder da corrida. Pneus médios contra os duros e mais resistentes, mostraram a diferença ao longo da prova.

Se no sábado Hamilton perdeu a pole para Bottas em casa, no domingo ele certamente foi buscar essa diferença. Se tornou o maior vencedor do circuito, batendo o recorde de Alain Prost e Jim Clark.

lll Ferrari

A Ferrari segue na luta por encontrar uma consistência, ainda que fique bem claro, principalmente nesta temporada, que eles encontram dificuldades para lidar com os seus dois pilotos.

Bom o domingo para Sebastian Vettel, não começou da forma esperada, pois já no sábado o alemão enfrentou um problema com a asa móvel, que dificultou nos resultados durante a classificação. Por isso ele e Charles Leclerc foram bem diferentes, um com o sexto lugar, enquanto o outro estava em terceiro.

No domingo com a situação normalizada, Vettel pode fazer uma boa prova, onde tentou barrar os ataques de Pierre Gasly, após ultrapassá-lo na largada. Quatro pilotos disputavam a terceira posição e Vettel estava no páreo, até a entrada do Safety Car e a reorganização do grid; a configuração passou a ser: Vettel, Verstappen, Gasly e Leclerc, até o monegasco conseguiu subiro quinto lugar, após ultrapassar o francês.

Lá na volta 38, Vettel e Verstappen bateram, o alemão perdeu a posição para Max e tentou buscá-la, mas pela falta de espaço e reação a colisão aconteceu e Vettel encheu a traseira do carro da Red Bull. Fato é que a corrida que poderia ter trago mais pontos e aliviar a disputa entre o holandês e o alemão se transformou uma verdadeira catástrofe para o piloto da Ferrari.

Choveram críticas, Vettel pediu desculpas para o holandês, mas o lance foi bem complicado e ainda rendeu 10 segundos de punição, mesmo com ele caindo para a penúltima posição no grid.

Para Charles Leclerc as coisas foram diferentes, o piloto monegasco teve um crescimento em cerca de quinze dias gritante; primeiro por não ter deixado barato as abordagens de Verstappen na pista, segundo por ter jogado limpo com o rival. vale ressaltar que nas últimas três corridas, ele superou o companheiro de equipe em todas elas.

lll Toro Rosso

Empatada com a Racing Point nos pontos do campeonato de construtores, a Toro Rosso é a oitava colocada. Neste final de semana os seus pilotos acabaram a frente da rival, mas assim como a Ferrari, tiveram resultados bem diferentes com os seus pilotos.

Daniil Kvyat foi o que mais ganhou posições na prova, um total de oito, após largar de décimo sétimo, terminou em nono. Alexander Albon não teve a mesma sorte e ficou fora da zona de pontuação, o piloto não pode aproveitar o Safety Car, por conta de um problema apresentado pelo motor, que impediria a volta do tailandês para a pista, caso ele retornasse para os boxes.

A equipe foi para o tudo ou nado e Albon terminou no décimo segundo lugar. Eles seguem travando a disputa pela oitava posição no campeonato se ‘’defendendo’’ da Haas em nono.

lll McLaren

Seguindo as equipes que tiveram diferença entre o resultado dos seus pilotos, está a McLaren. Carlos Sainz não se classificou bem no sábado mas recebeu a bandeira quadriculada em sexto. Lando Norris por outro lado, começou a prova tentando atacar os pilotos que estavam na sua frente, mas foi apenas o décimo primeiro no resultado final.

Como já falado deste assunto no BPCast 45, a McLaren parece que comeu um erro na estratégia estabelecida para Norris, enquanto Sainz teve uma prova ”redonda”. Fato é que a chegada da Renault aos pontos com os dois pilotos, assustou um pouco o time. Identificando assim que precisam de mais velocidade e bom desempenho nas curvas, principalmente de baixa velocidade e que estão presentes na Alemanha e Bélgica, para que possa se sobressair nesta batalha de meio de pelotão.

lll Haas

Se na temporada passada a Haas atuou como a quinta força do campeonato, as coisas começaram a ficar difíceis para a equipe, principalmente quando a discrepância entre classificação e corrida são evidentes.

Tivemos momentos em que eles pareciam ter se encontrado, mas nos dois últimos finais de semana as coisas foram bem complicadas, o fato de andarem com as Williams na Áustria e não concluírem a prova da Inglaterra, colocam o seu crescimento em cheque. Guenther Steiner, ficou furioso com a batida dos dois. Magnussen está desde Mônaco sem marcar pontos, enquanto Grosjean vem desde o Canadá com resultados ruins, além obviamente da falta de pontos.

Com a performance na pista não é o baste para a conclusão dessa novela, nos bastidores a Haas encontra problemas com o seu patrocinador máster, onde a empresa chegou a dizer que estava abandonando eles pelo mal desempenho, mas logo desmentiu a história.

Nesta última terça-feira a novela ganhou mais um capítulo onde a Rich Energy trocou o su nome para Lightning Volt e William Storey, diretor executivo deixou o cargo após vender as suas ações. Matthew Kell, passou a ser o substituto.

Novos capítulos devem aparecer nos próximos dias.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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