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BPBEATS 06 | Chuva! Um Grande Personagem!

BPBeats é uma produção da dupla que não é sertaneja, contudo é a prova que panela velha faz comida boa sim, Carlos Eduardo Valesi que já era residente fixo do BP em conjunto com Ricardo Bunnyman peça única da podosfera tupiniquim que foi recentemente adquirido em um leilão beneficente e por uma força do destino do qual nem os búzios, nem os zodíacos e muito menos os físicos teóricos da Magrathea poderiam prever que o encontro desses dois surgiria uma série tão empolgante e digna das melhores revistas do ramo musical tal qual como Rolling Stones e da saudosa MTV, apreciem sem moderação.

RBS: Um evento climático fabuloso. Item de primeira necessidade que faz parte do ciclo da vida. Muitas vezes demonstrando seu carinho ao irrigar o verde do nosso planeta, revigora nossas plantações, limpa nosso ar e além disso inspira poetas, letristas, além de pilotos que buscam dominar seu possantes carros nas suas condições contrárias ao que a lógica pode prever.

Foto: Ricardo Bunnyman, Setor G de Interlagos 2016
Foto: Ricardo Bunnyman, Setor G de Interlagos 2016

lll CEV: Putz, só falta falar de unicórnios bonitinhos agora.

lll RBS: Por que ela fascina tanto? Seus efeitos plásticos nos cinemas são usados constantemente em cenas dramáticas, pilotos insistem em dominar suas leis e fazerem a diferença nos momentos mais críticos de uma corrida e sua imagem paira pelas mentes dos escritores como um alivio poético constantemente.

lll CEV: Poesia de novo? Aposto que vai vir aqueles emos melosos dos anos 80.

lll RBS: Um dos caras mais geniais, contundentes e controversos do rock nacional conseguiu traduzir um sentimento que a chuva trás quando chega enquanto Lobão vai Chorando no Campo.

lll CEV: Ok, Lobão é fera e essa é muito boa. Pelo menos não me veio com Biquini Cavadão.

lll RBS: E quanto a você, glorioso Cabeça de Gasolina, o que sente quanto está se preparando para ver aquela corrida com previsão de chuva? Vontade de ver o circo pegar fogo embaixo d`agua? Torce simplesmente por uma boa corrida? E se fosse você la dentro do carro?

lll CEV: Eu simplesmente faria a volta de aquecimento cantarolando essa música para meu engenheiro:

lll RBS: Para pobres mortais como nós, é bem difícil não cometer algum erro andando na chuva. Bunnyman por exemplo quando está competindo pelo OsKarteiro no kart indoor odeia correr na chuva. Claro que no kart indoor não há pneus de chuva e isso dificulta muito, mas mesmo assim correr na chuva é uma arte para poucos. Existem aqueles que sobrevivem bem a uma corrida na chuva, mas existem outros que fazem espetáculo quando ela chega.

lll CEV: Peraí, sempre pensei que kart indoor era dentro de algum lugar onde não chovesse mesmo! Ou será que a piada foi essa?

lll RBS: Rubens Barrichelo é um dos caras que adoram a chuva. Em seus tempos de Fórmula 1, já eram esperados os pitacos de sua avó que morava nas redondezas do Autódromo de Interlagos sobre o clima. Essa passagem tão carinhosa ficou marcada na história do piloto e também nas crônicas do automobilismo nacional contemporâneo.

lll CEV: A chuva vem da represa, todo mundo sabe disso, não só a vó do Rubinho.

lll RBS: Rubinho não teve tanta sorte em terras brasilis enquanto esteve Fórmula 1. Mas em Hockenheim na Alemanha do ano 2000, o brasileiro pode arreganhar a garganta e desentalar o grito de alegria pois após 6 anos um brasileiro vencia novamente na categoria E NA CHUVA, lembrando o vencedor anterior, de cujo obviamente falaremos mais a frente.

lll CEV: Aliás, falando em represa e em automobilismo, não tem como não lembrar do refrão dessa música aqui. Vou fazer um “Under The Cover” e deixar a versão da tia Madonna, que nasceu em Michigan, o estado dos Grandes Lagos (represa – grande lago… sou um gênio!).

lll RBS: Rubinho largava em P18 devido a falhas na sua Ferrari durante a qualificação (êêêê Ferrari, viu Valesi…). Já na volta 15 estava em terceiro. No meio da corrida entrava um doido na pista e Rubinho aproveita para fazer seu segundo pit stop para levar o carro até o fim. RBS lll

lll CEV: Primeiro: a Ferrari não falha, ela só sai mais atrás às vezes para dar chances aos outros. Em segundo lugar, dizem que o doido estava com uma placa dizendo: “Rubinho, volta para os boxes, você pegou o carro do Schumacher!”.

lll RBS: Mas aí veio ela: A chuva pegou todo mundo no contra pé e Rubinho não trocou seus sapatos! Rain Master que é, permaneceu de pneus para pista seca. Em dado momento estava virando quase o mesmo tempo do que Mika Hakkinen da McLaren com pneus de chuva terminando a corrida com uma vantagem de 7 segundos em cima do finlandês.

lll RBS: Realmente, uma primeira vitória inesquecível.

lll RBS: Jenson Button em seu tempo de atividade era um cara a ser seguido nas estratégias de paradas para troca de pneus. Uma da maiores e estranhas vitórias foi em Sepang na Malásia em 2009, onde ele nem precisou de estratégias de pneus para vencer com sua Brawn GP, pois caia tanta chuva que a etapa finalizou com apenas 33 voltas concluídas, Button levou metade dos pontos.

lll CEV: Tem que falar desse cara toda vez? Mas faltou lembrar a corrida mais longa da F1, no Canadá 2011, quando o cidadão também ganhou.

lll RBS: A primeira vitória de Sebastian Vettel foi na Toro Rosso em Monza também sob forte chuva. Vettel era tão zebra quanto a Toro Rosso, mas devido aos imprevistos que a chuva pode trazer, o alemão conquistou sua primeira pole position e a única (até o momento) da equipe até hoje. A chuva também estreiava em Monza no domingo. Foi a primeira vez que houve uma corrida com largada chuvosa. E então eis que McLarens, Ferraris, Williams e todos escoltavam o pequeno Sebastian na sua Minardi Envelopada para o lugar mais alto do grid. Por enquanto em 2018, Tião não chega perto do que foi naquela ocasião. RBS lll

lll CEV: E já que estamos falando de equipe italiana em Monza, nada melhor que os brasileiros mais italianos, que têm garoa até no nome, na trilha sonora:

lll RBS: Há quem diga que a chuva lava a alma. Naquele Interlagos 2008, houve muita mistura de chuva e lágrimas após Felipe Massa vencer o GP e ficar campeão do mundo por poucos segundos. A chuva ia e voltava na capital paulista e um até hoje apedrejado Timo Glock ‘deixou’ Lewis Hamilton faturar seu primeiro título conquistando a posição necessária para vencer o campeonato por 1 ponto. Os boxes da Ferrari foram do céu à lama com o resultado.

lll RBS: Outro Interlagos. Dessa vez em 2016. Estes que vos escrevem garantem que não foi jogo de imagens ou coisa armada ou truques da tv. Max Verstappen deu um baita show e talvez você que está lendo também pôde acompanhar no local o que foi aquele GP. Muita emoção com a aposentadoria #SQN do Felipe Massa, frustração com as intermináveis voltas atrás do Safety Car por conta da chuva e depois com o espetáculo que o ‘di menor’ Max fez em cima dos marmanjos. Parecia videogame. O guri passava por dentro, por fora, quase bateu e deu uma baita de uma salvada bem na frente do setor A levando a galera ao delírio.

lll RBS: Até hoje, muitos esperam a chuva para ver as habilidades de Max novamente na água.

lll RBS: E quando se fala em chuva, a Patroa do Bunnyman quando perguntada sobre o que lhe vinha a mente, logo prontamente responde Ayrton Senna, o talento nos deu performances memoráveis, queira os haters assumam ou não. Falar de Senna é meio ‘chover no molhado’ mas podemos citar Mônaco 1984, que você pode conferir lá na primeira parte sobre 1984 no AutoRadio em Episodio #4 1984 Lado A e o que é ficou conhecida como Lap Of The Gods ou Melhor Primeira Volta da Fórmula 1 em Donington Park 1993.

lll CEV: Quem também mandou muito bem em Donington, exatos 10 anos antes de Ayrton, foram esses caras aqui:

lll RBS: Mas a primeira vitória ninguém esquece. 1985, Portugal, Estoril – Ayrton larga na pole e termina a 1 minuto e 2 segundos de Michele Alboreto da Ferrari, deu uma volta em Patrick Tambay da Renault e no seu companheiro de equipe Elio de Angelis da Renault e 3 voltas em Nigel Mansel da Williams, Stefan Bellof da Tyrrel e Derek Warwick da Renault… Ufa… como diriam lá em Portugal, Contando Ninguém acredita né, Deolinda?

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BPBeats é uma produção da dupla que não é sertaneja, contudo é a prova que panela velha faz comida boa sim, Carlos Eduardo Valesi que já era residente fixo do BP em conjunto com Ricardo Bunnyman peça única da podosfera tupiniquim que foi recentemente adquirido em um leilão beneficente e por uma força do destino do qual nem os búzios, nem os zodíacos e muito menos os físicos teóricos da Magrathea poderiam prever que o encontro desses dois surgiria uma série tão empolgante e digna das melhores revistas do ramo musical tal qual como Rolling Stones e da saudosa MTV, apreciem sem moderação.

Carlos Eduardo Valesi

Velho demais para ter a pretensão de ser levado a sério, Valesi segue a Fórmula 1 desde 1987, mas sabe que isso não significa p* nenhuma pois desde meados da década de 90 vê as corridas acompanhado pelo seu amigo Jack Daniels. Ferrarista fanático, jura (embora não acredite) que isto não influencia na sua opinião de que Schumacher foi o melhor de todos, o que obviamente já o colocou em confusão. Encontrado facilmente no Setor A de Interlagos e na sua conta no Tweeter @cevalesi, mas não vai aceitar sua solicitação nas outras redes sociais porque também não é assim tão fácil. Paga no máximo 40 mangos numa foto do Button cometendo um crime.

Ricardo Bunnyman

Ricardo Bunnyman tinha o sonho de ter uma loja de discos que também vendesse HQ's mas virou profissional de TI mesmo tendo cursado psicologia. Como ser músico e/ou DJ não foi possível, se diverte como host do AutoRadio Podcast e fundou o OsKarteiro para que pudesse andar de kart mensalmente com os camaradas.

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