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BlackBook Motorsport: A vision of the future: confira tudo o que rolou na conferência

Nesta Quarta, 15, a BBM (BlackBook Motorsport) realizou a conferência A Vision Of The Future (Uma visão do futuro, em tradução livre). À mesa, Jamie Reigle (CEO da Fórmula E), Alejandro Agag (CEO da Extreme E) e Catherine Bond-Muir (CEO da WSeries) discutiram suas visões de futuro. As pautas abordadas comentaram sobre como o esporte a motor pode se ajustar ao novo cenário mais inclusivo e sustentável e o que pode vir em um mundo pós-pandemia.

Assuntos acerca do que o esporte a motor pode aprender do enfrentamento mundial à Covid-19 e como o nosso setor pode nivelar suas preocupações para ajudar na luta contra a mudança climática, foram abordados. Além da promoção da igualdade no automobilismo traduzida em termos de interesse comercial, apelo, demografia, e de mercado no modo geral em um ambiente tradicionalmente dominado por homens. A inovação contínua como fator vital no esporte e as tendências e oportunidades que podem ser reveladas dentro da próxima década no automobilismo.

O novo cenário da Fórmula E

Nas palavras de Jamie Reigle sobre o atual cenário, a CEO da Fórmula E, “é preciso pensar nos dois lados da equação – sobre finanças e custos. Estamos focados nisso nos últimos meses, em como ajudar a sobrevivência das equipes sem comprometer o esporte e as competições. Para sobreviver a esse período é preciso da união de fãs, público e importantes montadoras entrando no mundo elétrico. É preciso investir no produto ‘corrida’ e a experiência do cliente ‘fã’. A iniciativa Race At Home visa trazer novos pilotos para a competição, outras categorias preferiram trazer celebridades para a disputa… optamos por fazer diferente”, concluiu.

Jamie também comentou sobre a longevidade da Fórmula E e assumiu que chegou mais longe do que esperado pelo público. “Excedeu as expectativas das pessoas. Em 2014 ninguém estava esperando outra categoria esportiva”, comentou. Além disso, falou da importância da categoria para a promoção do mercado de veículos movidos sem emitir poluentes. “Um outro olhar é onde estamos na perspectiva de promover veículos elétricos. O mercado é muito pequeno, ainda há muito o que fazer”, concluiu.

Extreme E

Alejandro Agag, CEO da Extreme E, nova categoria elétrica que utiliza carros off-road. Na competição, é obrigatório a presença de uma mulher e um homem em cada equipe, com o intuito de promover a inclusão. “A Extreme E quer dar a mesma oportunidade para todos. Se o homem erra, eles perdem, se a mulher erra, eles perdem. Em 2014, tentei criar uma equipe com duas pilotas na F3 Espanhola, não deu certo porque não houve apoio comercial nem patrocinadores. Foi frustrante. Então quis encontrar outros meios para incentivar mulheres no esporte”, comentou.

W Series

Para fechar a conferência, a voz foi para Catherine Bond-Muir, CEO da WSeries, única categoria Fórmula do mundo onde todos os pilotos são mulheres, falou sobre os esportes virtuais e como a WSeries está trabalhando para um automobilismo mais igualitário. “Os eSports existem para conectar qualquer pessoa com o automobilismo. Você não precisa ter todo aquele dinheiro. O coração da WSeries é que é grátis para as pilotos entrarem. É mostrar para as mulheres que isso é algo que elas podem fazer. Mais de 90% do orçamento de todos os esportes vai para homens e acredito que isso esteja mudando”.

Sobre a expansão de seu território, entre corridas da W Series realizar mais corridas com a F1, a CEO disse: “Queremos ter muito mais eventos. Todos estão muito concentrados em corridas agora, mas queremos expandir nosso calendário. Nada está definido, mas estamos trabalhando nisso. O objetivo da WSeries é promover pilotos, engenheiras e mecânicas”. A categoria feminina pode incluir novas provas na Europa e Ásia.

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